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400 mil pessoas caíram abaixo do limiar da pobreza

Agravando o fosso entre os ricos e os pobres em Portugal.

23 Jun. 2021
400 mil pessoas caíram abaixo do limiar da pobreza
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O Banco de Portugal prevê que o nível de incumprimento nos empréstimos vá subir com a chegada do fim das moratórias no crédito. O desemprego é o maior risco a que famílias consigam continuar a pagar ao banco. Nas empresas, metade do crédito em risco de incumprimento está sob moratória.  A Caixa Geral de Depósitos e o Banco Europeu de Investimento, por seu turno, assinam hoje um contrato que implica a concessão...
O Banco de Portugal prevê que o nível de incumprimento nos empréstimos vá subir com a chegada do fim das moratórias no crédito. O desemprego é o maior risco a que famílias consigam continuar a pagar ao banco. Nas empresas, metade do crédito em risco de incumprimento está sob moratória. 

A Caixa Geral de Depósitos e o Banco Europeu de Investimento, por seu turno, assinam hoje um contrato que implica a concessão de 113 milhões de euros em garantias ao banco público pela organização, para apoiar empresas expostas à pandemia. 

Quanto às perdas provocadas pela pandemia na riqueza mundial, foram amplamente recuperadas na segunda metade do ano. Segundo um estudo do Credit Suisse, a rápida intervenção dos bancos centrais e dos governos acelerou uma recuperação sem precedentes nos mercados financeiros, o que determinou um crescimento da riqueza global e do número de milionários. No final de 2020, havia mais cinco milhões de pessoas com uma riqueza avaliada acima de um milhão de dólares. 

Um outro estudo dá conta que cerca de 400 mil pessoas caíram abaixo do limiar da pobreza devido à crise provocada pela pandemia, agravando o fosso entre os ricos e os pobres em Portugal. De acordo com a investigação, a maior parte das pessoas mais afetadas pela crise já se situava na metade inferior da distribuição de rendimento no cenário sem crise, o que fez com que aumentasse a desigualdade.

"Em comparação com o cenário sem crise, 400 mil novos indivíduos caíram abaixo do limiar de pobreza, definido como 60% do rendimento mediano equivalente, aumentando a taxa de risco de pobreza em 25% como consequência da pandemia de covid-19", concluiu o estudo do Observatório Social da Fundação "la Caixa", da autoria do Center of Economics for Prosperity (PROSPER) da Universidade Católica de Lisboa.
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