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Aftermarket no Post COVID

GiPA analisa impacto do Covid-19 no aftermarket português.
22 Mai. 2020
Aftermarket no Post COVID
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Numa análise sobre o actual panorama do aftermarket nacional, a GiPA começa por referir que "este ano e mais do que nunca, em termos de analise do aftermarket, é necessário realizar uma análise separada por etapas ou fases, já que nem todas elas tiveram ou terão a mesma influência no mercado e, partindo do parcial, concluindo com o global". As fases claramente diferentes são: 1. Fase Pre-Covid (Janeiro-Fevereiro), onde o mercado...
Numa análise sobre o actual panorama do aftermarket nacional, a GiPA começa por referir que "este ano e mais do que nunca, em termos de analise do aftermarket, é necessário realizar uma análise separada por etapas ou fases, já que nem todas elas tiveram ou terão a mesma influência no mercado e, partindo do parcial, concluindo com o global".

As fases claramente diferentes são:

1. Fase Pre-Covid (Janeiro-Fevereiro), onde o mercado já se estava a comportar com alguma instabilidade, existindo incerteza sobre a evolução da atividade para este ano. Efetivamente e em comparação com os veículos novos registados em 2019, Janeiro de 2020 caiu 8% face a 2019, em Fevereiro, o registo de novas viaturas com 7,4% acima de 2019, tornou possível que em acumulado, este ano ficasse em linha com o anterior. No entanto, ninguém podia prever quão drástica ia ser a mudança.

2. Fase Covid (Março-Abril-Maio): na qual a análise da atividade na pós-venda é simples de fazer, tendo uma quebra na atividade até final de abril cerca dos 75%. Embora a maioria das oficinas estivessem abertas no período de confinamento iniciado a 18 de maio e terminado no dia 4 do corrente, a atividade oficinal esteve bastante reduzida ou quase nula. Quase só reparações em veículos imprescindíveis foram efetuadas ou aproveitaram para terminar trabalhos mais longos em veículos que já estavam nas oficinas.



Gráfico da quebra de atividade oficinal na fase Covid

3. Fase Post-Covid / recessão (Junho-Julho-Agosto-Setembro): meses em que ainda há muita incerteza, a qual se irá manter não se sabendo ainda por quanto tempo. Nestes meses teremos 3 efeitos principais, uma recuperação paulatina da atividade das oficinas, estimando que em outubro-novembro ainda não tenhamos conseguido recuperar o nível da atividade normal, um pico de atividade concentrada em algumas famílias de produto que, devido à paragem do parque circulante durante quase 3 meses e, os meses de verão em que se espera um turismo muito mais nacional e de proximidade, o que nos trará um aumento da quilometragem estival que é sempre positivo para a pós-venda.



Gráfico da quebra de atividade oficinal nas fases Post-Covid

4. Fase de recessão económica (Outubro-Novembro-Dezembro): Todos estamos conscientes que o impacto do Covid-19 deixará sequelas económicas, prevendo-se uma quebra do PIB cerca dos 8% em Portugal. Esta situação de recessão económica e de dificuldades, terá repercussões quase seguramente nas taxas de desemprego e no rendimento por lar, o que arroja um panorama, que já conhecemos da crise de 2008, com as seguintes consequências; menor utilização do carro, menos gastos na sua manutenção e maior sensibilidade ao fator preço em qualquer operação que se venha a realizar. Dependendo de quanto maior ou menor seja a profundidade da recessão económica assim será também afetada a pós-venda portuguesa.

Uma vez identificadas as 4 fases, a GiPA conclui que "já podemos arriscar que impacto total terá 'O ano do Covid-19', no nosso negócio este ano. No final de maio já se terá perdido 10,9% da faturação anual, não sendo este volume recuperável. No entanto, ainda temos 7 meses por diante, que como se mencionou anteriormente terão também efeitos negativos na pós-venda, prevendo-se neste período uma quebra na atividade anual de 22,1% sobre o valor esperado para este ano 2020".
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