Durante a apresentação do inquérito às empresas sobre o lay-off, um estudo promovido pela Confederação da Indústria (CIP) em parceria com o ISCTE, José Couto, presidente da Associação de fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), admitiu que o abrandamento da economia e a retração do consumo poderá levar as unidades de produção a suspender novamente atividade a curto prazo. Se isso acontecer, nem o lay-off simplificado,...
Durante a apresentação do inquérito às empresas sobre o lay-off, um estudo promovido pela Confederação da Indústria (CIP) em parceria com o ISCTE, José Couto, presidente da Associação de fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), admitiu que o abrandamento da economia e a retração do consumo poderá levar as unidades de produção a suspender novamente atividade a curto prazo. Se isso acontecer, nem o lay-off simplificado, requerido por 90% das empresas do sector, salvará 12 mil postos de trabalho em Portugal. Um número de peso num sector que emprega atualmente cerca de 200 mil pessoas em toda a fileira, desde a produção de componentes e de veículos automóveis, o comércio e ainda a reparação. Hélder Pedro, presidente da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) partilha da preocupação de José Couto e defende que, se o governo não prolongar o período de lay-off em vigor por mais três meses – ou seja, até setembro -, de forma a dar tempo ao sector para se "recompor”, não só os despedimentos poderão avolumar-se como muitas empresas acabarão por falir. Este responsável diz que "é urgente que o governo introduza estímulos à procura pois essa será a única foram de não deixar cair muitas empresas deste sector, que agora estagnou não apenas em Portugal mas também a nível internacional”. |