Enquanto vigora a paragem de produção, as fábricas de automóveis portuguesas estão, por enquanto, a recorrer aos chamados "down days”, dias de paragem em que os trabalhadores recebem os seus vencimentos por inteiro. No entanto, admitem fontes das diversas unidades de produção ouvidas pelo Negócios, se a situação se prolongar por muito tempo, o recurso ao lay-off será "praticamente inevitável”. Situação diferente vive-se entre as...
Enquanto vigora a paragem de produção, as fábricas de automóveis portuguesas estão, por enquanto, a recorrer aos chamados "down days”, dias de paragem em que os trabalhadores recebem os seus vencimentos por inteiro. No entanto, admitem fontes das diversas unidades de produção ouvidas pelo Negócios, se a situação se prolongar por muito tempo, o recurso ao lay-off será "praticamente inevitável”. Situação diferente vive-se entre as empresas fabricantes de componentes para a indústria automóvel. Segundo um inquérito da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel – AFIA junto dos seus associados, dois terços das empresas prevêem recorrer ao regime de "lay-off simplificado”. Adicionalmente, 69,4% das empresas de componentes indicaram que vão utilizar a isenção temporária de pagamento de contribuições à Segurança Social e 63,9% pretendem utilizar a flexibilização no pagamento de impostos concedida pelo Governo. As moratórias no crédito e juros deverão ser usadas por 47,2% das empresas e 41,2% indicaram que se vão candidatar às linhas de crédito disponibilizadas. Apenas 5,6% das empresas inquiridas referiram que não irão recorrer a qualquer das medidas aprovadas pelo Governo face ao impacto da pandemia da covid-19. |