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Endividamento do país é o mais alto de sempre

Empresas já receberam mais de 3,5 mil milhões de euros em apoios para aguentarem o impacto devido à paragem económica.
02 Jun. 2020
Endividamento do país é o mais alto de sempre
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A pandemia está a obrigar o Estado português a gastar muito mais dinheiro do que estava previsto e com uma urgência por vezes incompatível com as regras normais. Num relatório publicado hoje, o Tribunal de Contas analisa os riscos e deixa algumas recomendações. A resposta ao surto de COVID-19 já levou o Governo a aumentar a despesa pública, o que fez disparar o endividamento do país para aquele que é o valor mais alto de sempre.  ...
A pandemia está a obrigar o Estado português a gastar muito mais dinheiro do que estava previsto e com uma urgência por vezes incompatível com as regras normais. Num relatório publicado hoje, o Tribunal de Contas analisa os riscos e deixa algumas recomendações. A resposta ao surto de COVID-19 já levou o Governo a aumentar a despesa pública, o que fez disparar o endividamento do país para aquele que é o valor mais alto de sempre. 

Governo e parceiros sociais reúnem hoje na Concertação Social para fazer o ponto de situação sobre as medidas relacionadas com a crise provocada pelo novo coronavírus e discutir o Plano de Estabilização Económica e Social do Executivo. O montante de apoios, no âmbito dos programas operacionais regionais, atribuídos às empresas que reconverteram a sua produção face à COVID-19 mais que quadruplicou, passando de 26 para 108 milhões de euros. Ao todo, as empresas já receberam mais de 3,5 mil milhões de euros em apoios para aguentarem o impacto devido à paragem económica, informou já hoje o ministro da Economia no Parlamento. 

A taxa de desemprego baixou em março para 6,2%, de acordo com o INE, mas o instituto sublinha que a COVID-19 está a prejudicar o apuramento estatístico e nota que há uma passagem maior para a inatividade. 

No setor dos seguros, o impacto económico da crise será "o mais violento” que já se viu. O alerta foi deixado pelo presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, José Galamba de Oliveira. A Associação Automóvel de Portugal afirma, por seu lado, que o setor automóvel "é um dos mais afetados” pela crise pandémica: além da forte descida de vendas (71,6%), há ainda um "elevado número de trabalhadores em layoff”. Já a Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários avançou hoje com o programa Relançar, que visa atrair investimento para o setor. 

A Alemanha está a caminho de acrescentar volume ao já volumoso e histórico pacote de apoios à economia aprovado em março. O novo pacote em causa deverá valer entre 75 e 80 mil milhões de euros e destina-se a apoiar a retoma económica no período pós-COVID-19. 

Em Espanha, o número de desempregados inscritos nos serviços públicos de emprego aumentou em 0,7%, o que significa uma desaceleração em relação ao forte aumento registado em março e abril. Já o Governo francês antecipa uma recessão na ordem dos 11% este ano devido à COVID-19, sublinhando que "o choque económico é extremamente brutal”. Por seu lado, os aeroportos italianos perderam 45 milhões de passageiros desde março até maio, como consequência da crise e das medidas de confinamento. 

O PSI-20 abriu hoje a valorizar 0,96% para um novo máximo desde 10 de março. De manhã, 15 cotadas seguiam em terreno positivo, beneficiando com notas de research positivas. As bolsas europeias também negociavam em terreno positivo, seguindo o desempenho das praças asiáticas, com os investidores a focarem-se nos dados que apontam para a recuperação da economia global.
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