Um relatório divulgado ontem pela UTAO conclui que o Estado gastou menos na resposta à pandemia no ano passado do que anunciou, nos diferentes documentos de referência. Segundo esta entidade, a execução da despesa ficou 6.866 milhões de euros abaixo do valor autorizado pelos deputados em julho, num desvio que se verificou em quase todas as rubricas. O mesmo documento revela que o Governo está a contar que os portugueses devolvam parte dos...
Um relatório divulgado ontem pela UTAO conclui que o Estado gastou menos na resposta à pandemia no ano passado do que anunciou, nos diferentes documentos de referência. Segundo esta entidade, a execução da despesa ficou 6.866 milhões de euros abaixo do valor autorizado pelos deputados em julho, num desvio que se verificou em quase todas as rubricas. O mesmo documento revela que o Governo está a contar que os portugueses devolvam parte dos incentivos financeiros atribuídos, por serem "temporários”. A verba em causa é de cerca de mil milhões de euros, mais de 22% do pacote total. Entretanto, o presidente da CIP afirmou que, uma vez que Portugal só deverá receber as verbas da "bazuca” europeia no quarto trimestre do ano, vai-se bater para que o Governo antecipe o mais possível o dinheiro, revendo para tal o Orçamento do Estado. O objetivo, frisou António Saraiva, é salvar empresas em crise que deveriam poder contar com um programa reforçado de apoios a fundo perdido. Também o BdP divulgou ontem novos dados. Segundo o banco central, o valor das operações com cartão de pagamento caiu 10% em janeiro, em comparação com o mesmo período de 2020. Janeiro representou um agravamento face ao mês anterior, no qual a redução homóloga tinha sido de -1%, justificada sobretudo pelo reforço das medidas de confinamento e o encerramento das escolas. |