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Estado regista défice colossal até abril

Um agravamento de 3.148 milhões de euros face a igual período do ano passado.
28 Mai. 2021
Estado regista défice colossal até abril
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O Estado teve um défice de 4.845 milhões de euros até abril, um agravamento de 3.148 milhões de euros face a igual período do ano passado, devido ao impacto da pandemia e das medidas de apoio. Segundo o Ministério das Finanças, a despesa com os apoios extraordinários às empresas e às famílias atingiu 2.761 milhões de euros até abril, sendo que, em apenas um mês, esta despesa aumentou 703 milhões de euros. A verba...
O Estado teve um défice de 4.845 milhões de euros até abril, um agravamento de 3.148 milhões de euros face a igual período do ano passado, devido ao impacto da pandemia e das medidas de apoio. Segundo o Ministério das Finanças, a despesa com os apoios extraordinários às empresas e às famílias atingiu 2.761 milhões de euros até abril, sendo que, em apenas um mês, esta despesa aumentou 703 milhões de euros. A verba da Segurança Social já foi largamente ultrapassada, revelou, ontem Ministério das Finanças. No final de abril, os gastos efetivos nesta rubrica estavam quase 40% acima da despesa anual prevista no Orçamento do Estado de 2021. 

Apesar destes números, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, expressa otimismo e confiança em relação à economia portuguesa. Mas, questionado se o pior já passou, afirma que a "única lição" da pandemia é reagir com "prudência", perante tempos de incerteza. Com um pacote de estímulos e a apetência pelo consumo em todos os países europeus, "o consumo privado, em praticamente todas as economias desenvolvidas, está a comportar-se de forma muito intensa", apontou. 

Neste sentido, as reservas de alojamentos turísticos registaram um crescimento de 45% na primeira semana do mês de maio em Portugal, de acordo com o relatório publicado pela Avaibook. Entre a semana de 29 de março e 4 de abril e a primeira semana de maio esse aumento foi ainda mais expressivo, situando-se na ordem dos 105%. 

Relativamente ao indicador diário de atividade económica, este abrandou muito ligeiramente na semana passada. No entanto, o valor da média semanal fica acima do registado no final de abril, quando o país se preparava para entrar na fase final de desconfinamento. Outro resultado a assinalar prende-se com o pico da atividade registado a 17 de maio, o primeiro dia da semana em análise feita pelo Banco de Portugal. 

Já a nível europeu, a Comissão do Parlamento Europeu deu "luz verde" ao acordo político sobre o certificado digital COVID-19, que visa facilitar a livre circulação, faltando ainda o aval final em plenário, sublinhando que "irá facilitar a livre circulação sem discriminação e contribuir para a recuperação económica” no espaço comunitário. 

Em relação aos EUA, apesar dos indicadores macroeconómicos favoráveis, a recuperação da economia norte-americana pode sofrer no médio prazo com as dificuldades atuais na contratação, avisa o banco holandês ING. A análise da instituição financeira explica ainda como tal poderá influenciar a inflação no país e obrigar a Reserva Federal a rever as suas previsões relativamente às taxas de juro.
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