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Exportações de componentes automóveis com nova queda

As exportações de componentes automóveis voltam a cair pelo segundo mês consecutivo, registando uma diminuição de 5,2%. A pandemia e o Brexit são alguns dos principais responsáveis por esta queda.
09 Abr. 2021
Exportações de componentes automóveis com nova queda
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A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel – anuncia uma queda nas exportações de 5,2% no mês de Fevereiro, face ao mesmo período de 2020. Este é o segundo mês consecutivo em que se registam quedas nas vendas ao exterior, depois de 6 meses de subidas. No acumulado do ano as exportações caíram 7,6% relativamente a 2020, deslizando para os 1.700 milhões de euros. No que se refere aos países de destino das...
A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel – anuncia uma queda nas exportações de 5,2% no mês de Fevereiro, face ao mesmo período de 2020. Este é o segundo mês consecutivo em que se registam quedas nas vendas ao exterior, depois de 6 meses de subidas.

No acumulado do ano as exportações caíram 7,6% relativamente a 2020, deslizando para os 1.700 milhões de euros.

No que se refere aos países de destino das exportações, de Janeiro a Fevereiro de 2021 e quando comparados com 2020, Espanha mantém-se na liderança com vendas no valor de 518 milhões de euros (-5,2%). A seguir surge a Alemanha com 328 milhões de euros (-4,5%), a França com 211 milhões de euros (-11,2%) e, finalmente, o Reino Unido com 83 milhões de euros (-46,2%). Na totalidade, estes países representam 68% do total das exportações portuguesas de componentes automóveis.

Entre os fatores que influenciaram negativamente o comportamento das exportações destaca-se a escassez de semicondutores que está a afetar a atividade dos construtores de automóveis, e que levou algumas fábricas de construção automóvel na Europa a atrasar, ou até mesmo a parar, temporariamente por falta chips afetando assim, a indústria portuguesa de componentes devido às paragens na produção dos seus clientes. O Brexit (exportações para o Reino Unido caíram quase 50%) e as medidas que os países europeus tomaram para mitigar a propagação dos contágios provocados pela Covid-19, nomeadamente o confinamento e o encerramento dos stands de vendas e automóveis, são também algumas de várias ações que levaram a estes resultados.

Ainda assim, as exportações de componentes automóveis continuam a mostrar sinais de resiliência, com uma queda de 7,6% no acumulado do ano, em comparação com o mercado automóvel na Europa, que desceu 23,1%. De acordo com dados da ACEA – Associação dos Construtores Automóveis Europeus, entre Janeiro e Fevereiro as vendas de automóveis novos na Europa caíram 23,1%.

Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 9 de Abril pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.
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