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Mais impostos para recuperar a sustentabilidade das contas públicas

O alerta surge num estudo da Fundação Calouste Gulbenkian.
07 Mai. 2021
Mais impostos para recuperar a sustentabilidade das contas públicas
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Em entrevista, Pedro Siza Vieira explicou como vai funcionar o "pagamento direto às empresas correspondente a 84% do aumento do encargo com a TSU” que as empresas vão ter por causa do aumento do salário mínimo nacional. O governante confia que muitas empresas já serão capazes de recuperar sozinhas da pandemia e para as outras explica que o Governo está disponível para ser uma espécie de coinvestidor. Quanto à retoma do turismo, só...
Em entrevista, Pedro Siza Vieira explicou como vai funcionar o "pagamento direto às empresas correspondente a 84% do aumento do encargo com a TSU” que as empresas vão ter por causa do aumento do salário mínimo nacional. O governante confia que muitas empresas já serão capazes de recuperar sozinhas da pandemia e para as outras explica que o Governo está disponível para ser uma espécie de coinvestidor. Quanto à retoma do turismo, só deverá acontecer em 2023 e o Governo está a preparar um pacote "ambicioso” de estímulos. 

Já ontem, o ministro da Economia tinha anunciado que o Governo está a preparar uma solução para prolongar e assegurar "alguma carência” nas moratórias para os setores mais afetados pela pandemia, que deverá passar pela garantia de Estado a parte do crédito. Por outro lado, o governador do Banco de Portugal afirmou que não se deve tornar permanentes medidas que foram criadas para dar uma resposta temporária à crise, apontou Mário Centeno, sobre as medidas como o lay-off simplificado ou as linhas de crédito garantidas. 

Sobre as finanças públicas portuguesas, foi divulgado que, para recuperar a sustentabilidade das contas públicas no futuro para os níveis de 2017, seria necessário carregar nos impostos ou reduzir drasticamente o valor das pensões futuras. O alerta surge num estudo da Fundação Calouste Gulbenkian. Além disso, as estatísticas do IRS revelam que apenas 55,6% das famílias tiveram rendimentos suficientes para pagar IRS em 2020. Os escalões de rendimento bruto entre os 40 e os 100 mil euros suportam 41% do total de imposto liquidado e acima dos 100 mil euros, 1,73% das famílias, a percentagem é de 22,38%. 

Por fim, as vendas a retalho na Zona Euro cresceram 2,7% em cadeia em março, o que corresponde a uma variação homóloga de 12%, de acordo com o Eurostat. Este indicador passa para 2,6% considerando a totalidade da União Europeia, o que se traduz num crescimento homólogo de 11,6%.
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