O Conselho das Finanças Públicas está mais pessimista sobre o comportamento da economia portuguesa neste ano, ainda que espere uma recuperação mais forte em 2022, impulsionado pelo consumo privado e pelas exportações. A instituição presidida por Nazaré da Costa Cabral projeta uma expansão do PIB de 3,3% este ano, abaixo dos 4,8% previstos anteriormente. A dívida pública voltou a subir em fevereiro, depois da ligeira queda no mês...
O Conselho das Finanças Públicas está mais pessimista sobre o comportamento da economia portuguesa neste ano, ainda que espere uma recuperação mais forte em 2022, impulsionado pelo consumo privado e pelas exportações. A instituição presidida por Nazaré da Costa Cabral projeta uma expansão do PIB de 3,3% este ano, abaixo dos 4,8% previstos anteriormente. A dívida pública voltou a subir em fevereiro, depois da ligeira queda no mês anterior e atingiu um novo recorde, de 274,1 mil milhões de euros, um aumento de 1,5%, ou 4,2 mil milhões de euros, face a janeiro. É este o valor que interessa para as métricas de Bruxelas, que inclui os depósitos das administrações públicas. Mesmo descontando estes ativos, a dívida pública está em valores recordes, atingindo os 248,8 mil milhões de euros, segundo dados divulgados ontem pelo Banco de Portugal. Ainda de acordo com o banco central da República Portuguesa, seja qual for a métrica usada para medir o andamento da atividade económica no final de março, tudo aponta para o reforço da recuperação, iniciado depois de 15 de março com o arranque da primeira fase de desconfinamento. Também ontem, a Moody’s revelou que melhorou a perspetiva (outlook) para o setor bancário nacional de negativa para estável. "A nossa visão reflete o regresso esperado da economia ao crescimento em 2021 depois da contração em 2020 induzida pelo coronavírus", diz a agência de rating numa nota sobre a banca portuguesa. |