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Pandemia cresce mas menos

O número de infetados em Portugal aumentou de 11.278 para 11.730, mais 452, o que representa um aumento de 5,3%.
06 Abr. 2020
Pandemia cresce mas menos
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A DGS anunciou hoje, no seu boletim epidemiológico diário, a existência de 311 mortes e 11.730 casos de Covid-19 em Portugal. O número de óbitos subiu de ontem para hoje, de 295 para 311, enquanto o número de infetados aumentou de 11.278 para 11.730, mais 452, o que representa um aumento de 5,3%. O número de casos recuperados subiu de 75 para 140. Foram registados 91.794 casos suspeitos. A PANDEMIA EM PORTUGAL A ministra da Saúde foi...
A DGS anunciou hoje, no seu boletim epidemiológico diário, a existência de 311 mortes e 11.730 casos de Covid-19 em Portugal. O número de óbitos subiu de ontem para hoje, de 295 para 311, enquanto o número de infetados aumentou de 11.278 para 11.730, mais 452, o que representa um aumento de 5,3%. O número de casos recuperados subiu de 75 para 140. Foram registados 91.794 casos suspeitos.

A PANDEMIA EM PORTUGAL

A ministra da Saúde foi entrevistada ontem pela RTP. Marta Temido afirmou que os números dos últimos dias são encorajadores, apesar do contexto "extremamente agressivo”. E anunciou, também, que a DGS pediu um parecer sobre o uso generalizado de máscaras para evitar a propagação do Covid-19, tendo sido aconselhada a equacionar a medida. Em entrevista ao "Sol”, o secretário de Estado da Saúde assegurou que o país vai estar preparado para enfrentar os piores cenários. 

Na conferência de imprensa diária de ontem, a ministra admitiu uma "crescente pressão” sobre o internamento e sublinhou que os hospitais devem ser utilizados em casos urgentes. Por seu lado, a diretora-geral da Saúde explicou que a distribuição etária dos doentes internados nos cuidados intensivos acompanha a distribuição etária dos óbitos. Graça Freitas realçou, ainda, que o uso de luvas na rua pode ser "contraproducente e dar uma falsa sensação de segurança”. 

O Ministério da Saúde esclareceu que contratou meio milhar de enfermeiros para reforçar o combate à pandemia no Serviço Nacional de Saúde.

A PANDEMIA NA EUROPA E NO MUNDO

Os EUA registaram ontem mais de 1.200 mortes em 24 horas causadas pela Covid-19. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o número total de óbitos desde o início da pandemia já supera os nove mil.

Nas últimas 24 horas, Espanha registou mais 637 mortes por Covid-19, o valor mais baixo num só dia desde 24 de março. O balanço de vítimas ascende agora a 135.032 infetados e 13.055 óbitos. Ontem, as autoridades italianas informaram que as mortes devido ao surto se fixaram ontem em 15.887, mais 525 face a sábado. Foi o dia com menos óbitos desde 19 de março. Apesar dos progressos, as autoridades destes dois países mostram-se cautelosas e sublinham a importância de continuarem as medidas de isolamento. 

A Alemanha registou hoje menos novos casos diagnosticados (3.677) e um decréscimo do número diário de vítimas mortais (92) em relação aos números de ontem. Na Bélgica, as altas hospitalares de pessoas afetadas superaram o número de hospitalizações desde o início da pandemia. E a Suécia pode abandonar em breve a sua abordagem mais relaxada, numa altura em que o número de mortes já atingiu os 401 e o de casos confirmados supera os seis mil.

PROGRESSOS MÉDICOS

O diretor científico da Johnson & Johnson acredita que a vacina que está a ser desenvolvida tem uma "probabilidade de ter êxito de 80%". Para o desenvolvimento desta vacina, a Janssen, subsidiária da farmacêutica norte-americana, conta com 900 milhões de euros de investimento. 

Na Austrália, uma equipa de investigadores disse que existe um medicamento que pode eliminar o Covid-19. Trata-se de um antiparasitário que é utilizado, por exemplo, no combate aos piolhos. 
Na Alemanha, o Hospital Universitário Erlangen recebeu autorização das autoridades de saúde para produzir plasma terapêutico que pode ser utilizado no tratamento de doentes com Covid-19.

IMPACTO ECONÓMICO

O ministro das Finanças alemão afastou o cenário temido por alguns países de que o recurso a empréstimos europeus por causa da crise pandémica iria levar a um novo programa de ajustamento. 

Em Portugal, o Presidente da República reúne-se hoje com os líderes dos maiores bancos, via videoconferência, para discutir as respostas da banca às empresas e às famílias na crise provocada pelo novo coronavírus. 

As necessidades de equipamento hospitalar, materiais de proteção, testes de diagnóstico e medicamentos destinados a doentes de Covid-19 levaram à celebração de contratos públicos num valor total de 75 milhões de euros. A maior parte das compras foi realizada pela DGS. 

E o Governo recomendou aos estabelecimentos de comércio por grosso de distribuição alimentar que adotem, "se necessário”, medidas dissuasoras de "situações de açambarcamento”. Por outro lado, o Executivo deu autorização às cadeias grossistas alimentares para a venda ao público de produtos essenciais.

A ministra do Trabalho e da Segurança Social revelou hoje que já mais de 33 mil empresas pediram para aderir ao lay-off simplificado. Ontem, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social avançou que mais de 100 mil trabalhadores independentes se candidataram ao apoio extraordinário do Governo. 

Para a TAP, o plano do Executivo passa, para já, por financiamento e moratórias. Não está a ser estudado um financiamento direto do Estado nem um aumento de capital pela Parpública. 

O Governo português decretou, em "Diário da República”, que a venda de automóveis motociclos e máquinas agrícolas está suspensa durante o estado de emergência. Segundo a indústria automóvel, o encerramento das fábricas na Europa e na América do Norte pode custar mais de 100 mil milhões de dólares, caso as perturbações causadas pelo Covid-19 se prolonguem até ao final de abril.

MERCADOS FINANCEIROS

A meio da manhã as bolsas europeias negociavam em alta, à medida que as medidas de contenção implementadas pelos vários países começam a dar sinais encorajadores aos investidores. O PSI-20 ganhava 0,55%, enquanto o Stoxx 600 avançava 2,47%. As praças de Frankfurt e Paris registavam ganhos superiores a 3%, enquanto Milão e Madrid somavam mais de 2%.
Fonte:Com Cision
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