De acordo com o FMI, Portugal faz parte do leque de países que menos gastam no imediato para combater a pandemia de COVID-19, registando um agravamento do défice muito abaixo da média. O Fundo, que realizou um relatório sobre as medidas implementadas por 190 países, explica que o Governo português foi bastante "prudente” na aplicação de medidas que pudessem ter um impacto negativo no défice orçamental. As medidas...
De acordo com o FMI, Portugal faz parte do leque de países que menos gastam no imediato para combater a pandemia de COVID-19, registando um agravamento do défice muito abaixo da média. O Fundo, que realizou um relatório sobre as medidas implementadas por 190 países, explica que o Governo português foi bastante "prudente” na aplicação de medidas que pudessem ter um impacto negativo no défice orçamental. As medidas que o Governo está a preparar, motivadas pela pandemia da COVID-19, "passam pelo encerramento de um conjunto de atividades", como a restauração – que só poderá vender em take away – e o comércio não alimentar. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal reivindicou celeridade na aplicação das medidas de apoio às empresas afetadas pelos constrangimentos relativos ao novo coronavírus, defendendo a revisão dos montantes que lhes estão consignados. O ano passado terminou com a esmagadora maioria dos empresários muito pessimistas relativamente ao que vai ser o início de 2021, sobretudo no que diz respeito à criação de emprego. A maioria dos gestores diz que não haverá capacidade para fazer mais contratações. Centrando a crítica no atraso na aplicação dos apoios às empresas e não no desenho das medidas, António Saraiva, presidente da CIP, vê como positiva a possibilidade de, perante um novo confinamento, as empresas poderem voltar a recorrer ao lay-off simplificado. Relativamente aos bancos, nos primeiros nove meses do ano os resultados líquidos caíram 65%, para 588 milhões de euros, face a igual período de 2019. Uma descida que é não só explicada pela paragem da economia, mas "maioritariamente pelo reforço de imparidades", sublinha a Associação Portuguesa de Bancos. |