A deterioração do cenário macroeconómico provocado pela crise pandémica foi o principal fator explicativo do agravamento do saldo das contas públicas. Mais de metade do défice de 5,7% das contas públicas registado em 2020 deve-se ao impacto orçamental das medidas de resposta à COVID-19 e de apoio financeiro à TAP e SATA, revelou ontem o Conselho de Finanças Púbicas. Por seu turno, segundo dados do INE, o salário...
A deterioração do cenário macroeconómico provocado pela crise pandémica foi o principal fator explicativo do agravamento do saldo das contas públicas. Mais de metade do défice de 5,7% das contas públicas registado em 2020 deve-se ao impacto orçamental das medidas de resposta à COVID-19 e de apoio financeiro à TAP e SATA, revelou ontem o Conselho de Finanças Púbicas. Por seu turno, segundo dados do INE, o salário médio bruto em Portugal, incluindo subsídios e todas as componentes, subiu em março aos 1.227 euros, num crescimento homólogo de 3,1%, e numa tendência que continua a ser influenciada pela destruição de emprego entre os salários mais baixos do país. Em relação à retoma económica em Portugal ainda vai demorar, embora alguns setores, como o turismo e a agricultura, possam recuperar mais depressa, diz o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência, António Costa Silva. De realçar que o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, estima que a temporada turística de verão em Portugal e na União Europeia seja "muito melhor" este ano face a 2020, embora ainda sem "regresso completo à normalidade" relativamente aos turistas estrangeiros. |