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2021 foi pior que 2020 para o mercado de veículos usados

A procura por elétricos (14,6%) quase iguala a procura por diesel (20%).
09 Fev. 2022
2021 foi pior que 2020 para o mercado de veículos usados
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A recente secção de veículos novos do Standvirtual releva ainda dados interessantes sobre as tendências e intenções de compra, com uma procura de 52% por veículos a gasolina. Já a procura por elétricos (14,6%) quase iguala a procura por diesel (20%). • Existiu um crescimento no registo de carros usados de +9% em dezembro face ao período homólogo de 2020, que desde junho vinha sempre a revelar quebras em comparação com o mês...
A recente secção de veículos novos do Standvirtual releva ainda dados interessantes sobre as tendências e intenções de compra, com uma procura de 52% por veículos a gasolina. Já a procura por elétricos (14,6%) quase iguala a procura por diesel (20%).

Existiu um crescimento no registo de carros usados de +9% em dezembro face ao período homólogo de 2020, que desde junho vinha sempre a revelar quebras em comparação com o mês homólogo. Ainda assim, ainda se regista uma retração de -9% face a 2019. 
A transferência de propriedade teve uma quebra de -13% em 2021 (janeiro-dezembro) em comparação com 2019. Este foi, assim, um ano pior que 2020, que em relação ao período pré-pandemia teve uma quebra de -11%. 
O preço médio dos vendedores profissionais estabiliza, mas totaliza um aumento de +15% de janeiro de 2021 a janeiro de 2022. No caso dos vendedores particulares existe uma ligeira diminuição do preço médio, ainda assim bastante superior ao período homólogo. 
Mantém-se a escassez de carros abaixo dos 10 mil euros, com cerca de 18% do share de anúncios (há um ano a percentagem era de 25%). Mantém-se o share de veículos entre os 10-20 mil euros (41%), também abaixo a registada em janeiro de 2021 (46%). A representatividade dos carros acima dos 20 mil euros sobe de 27% para 40% no último ano. 
De acordo com os dados fornecidos pela BCA, ao nível do B2B os preços aumentaram significativamente em janeiro. 
A secção de veículos novos do Standvirtual revela que os SUV são o segmento mais pesquisado, acima de 40% das intenções de compra. Seguem-se os utilitários (15%), e citadinos (10%) com os restantes segmentos abaixo de 10%. Relativamente ao tipo de combustível com maior procura nos veículos novos, a tendência é pela gasolina (quase 50%), existindo também um grande interesse nos híbridos a gasolina (12,4%). O interesse pelos elétricos (14,6%) já quase iguala o Diesel (20%). 
Segundo dados da ACAP, verifica-se uma quebra no mercado de novos (ligeiros e pesados) de -3% em janeiro face ao mesmo mês de 2021. Já o mercado de motociclos, triciclos e quadriciclo regista um crescimento significativo de +44,5% em relação a janeiro de 2021. 

O Standvirtual realizou um Webinar para apresentar o seu habitual barómetro do mercado automóvel, desenvolvido em parceria com a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). O evento online contou com o contributo de Pedro Perfeito (Diretor Geral da Carplus); Licínio Santos (Chief Commercial Officer da Cofidis e Board Member; Daniel Camacho (Diretor Customer Management Officer do Grupo Stellantis), Maria Neffe (Departamento Económico Estatístico ACAP); além de Daniel Rocha (Diretor de Estudos e Planeamento do Standvirtual), Pedro Soares (Diretor Comercial do Standvirtual) e Nuno C. Branco (Diretor Geral do Standvirtual). O webinar teve como principal objetivo divulgar os números e analisar os temas mais relevantes do mercado automóvel em 2021. 

Daniel Camacho, Diretor Customer Management Officer do Grupo Stellantis, aborda os motivos que contribuíram para liderança da Peugeot face à Renault no último ano: "O grupo tem uma posição forte com cerca de 30% de quota de mercado e um leque de marcas relevantes. Este resultado é um trabalho da equipa comercial, marketing e vendas ao longo de anos, com um crescimento continuado de quota de mercado. A profundidade e amplitude da gama da Peugeot também é um fator, com uma aposta ganha numa melhoria da imagem como marca generalista de topo”.

Para Pedro Perfeito, Diretor Geral da Carplus, que arranca o ano com uma nova imagem e site, "a Carplus tem uma clara estratégia de expansão internacional e também de uma presença mais forte a nível nacional, assente na proximidade com o cliente. Para aumentar a confiança, um dos fatores é a verificação de 300 pontos na viatura e a oferta de 3 anos de garantia. O marketing é um fator chave que permite, pelos indicadores, comprovar se há retorno nos investimentos feitos. É muito importante termos as equipas flexíveis, num mercado que é dinâmico e requer agilidade. Queremos também, com o novo site, trabalhar muito o digital e a consumer experience”. 

Como balanço do ano ao nível de financiamento, Licínio Santos, Chief Commercial Officer da Cofidis e Board Member, refere que "os resultados foram satisfatórios. Naturalmente não se alcançaram os valores de 2019, porque em termos de vendas isso também não aconteceu, mas ultrapassaram-se os valores de 2020. Há um fator que influencia o aumento do volume financiado, que é o aumento de preço dos veículos. Diria que, tendo em conta as adversidades, foi um ano positivo, com fatores como o confinamento, a crise de semicondutores, a escassez de produto e outras condicionantes, como a estabilidade politica e económica, que têm impacto no financiamento”. 
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