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Mercado de usados atinge pela primeira vez este ano valores acima de 2019

Julho revela crescimento de +4% face ao período homólogo de 2019 no registo de carros usados, apesar de este ter sido um mês mais fraco há dois anos atrás. Há ainda um decréscimo de -2% face ao mesmo período de 2020, altura em que o mercado teve uma recuperação
09 Ago. 2021
Mercado de usados atinge pela primeira vez este ano valores acima de 2019
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Principais conclusões: • O primeiro semestre de 2021 teve uma quebra global de -15% na transferência de propriedade comparativamente a 2019, mas demostra progressos relativamente ao mesmo período de 2020, que registou uma quebra de -17%.• A escassez de oferta e a dificuldade de repor stocks faz com que os comerciantes tenham de pagar mais caro pelos veículos, o que se reflete também no preço para o consumidor final. Verifica-se ainda...
Principais conclusões:

O primeiro semestre de 2021 teve uma quebra global de -15% na transferência de propriedade comparativamente a 2019, mas demostra progressos relativamente ao mesmo período de 2020, que registou uma quebra de -17%.
A escassez de oferta e a dificuldade de repor stocks faz com que os comerciantes tenham de pagar mais caro pelos veículos, o que se reflete também no preço para o consumidor final. Verifica-se ainda uma escassez de viaturas mais baratas até 10.000€, mas também de viaturas no segmento seguinte de 20.000€, que a partir de março apresentam tendência de queda.
Relativamente ao mercado de novos (ligeiros e pesados), há uma quebra de -21,4% em julho face a julho de 2020, mas com um crescimento de 18,1% no total do ano em comparação com o mesmo período de 2020. No caso dos motociclos, triciclos e quadriciclos regista-se uma quebra de -10,5% em julho, mas uma variação anual de 20,4%.

O Standvirtual realizou um Webinar para apresentar o seu habitual barómetro do mercado automóvel, desenvolvido em parceria com a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). O evento online contou com o contributo de algumas figuras destacáveis do setor, tais como Cátia Serrano (Administradora Equação Motor); Américo Barroso (Administrador Só Barroso);  Daniel Seixas (CEO Byrd Going Eletric); António Cavaco (Diretor Económico Estatístico ACAP), além do Nuno C. Branco (Diretor Geral do Standvirtual), Pedro Soares (Diretor Comercial do Standvirtual) e do Daniel Rocha (Diretor de Estudos e Planeamento do Standvirtual). O webinar teve como principal objetivo divulgar os números e analisar alguns dos temas mais relevantes do mercado automóvel. 

Cátia Serrano, Administradora Equação Motor, focou sobretudo a sua estratégia no que diz respeito à utilização das redes sociais e do marketing de influência para aumentar as vendas: "Com o primeiro confinamento percebemos que à porta fechada não conseguíamos vender automóveis e nas redes sociais temos o nosso público. Elaborámos uma estratégia em que fazemos passatempos, promoções, sondagens e depois o apadrinhamento e recomendação por parte das figuras públicas. Isso trouxe-nos mais pessoas e mais clientes e está a correr muito bem. Nós tínhamos cerca de mil seguidores e agora temos 13 mil, o que significa um crescimento de 720%”, menciona. 

O administrador da Só Barroso, Américo Barroso, focou-se por sua vez nos problemas de abastecimento e nas respetivas consequências para o mercado: "Temos de ter cuidado com o preço que praticamos na venda. Estamos a vender carros que, se quisermos repor o stock, vamos pagar mais caro do que estamos a vender, nesta fase de escassez de produto. Neste momento o mercado está desregulado e há ganancia da parte da compra. Há leilões online a vender aos profissionais por preços superiores carros que estavam na plataforma de particulares. Se o mercado daqui a três ou quatro meses normalizar, para ter stock será preciso perder uma fortuna para recolocar o produto no mercado. É preferível não comprar do que fazer loucuras”, alerta. 

Especializado na área dos elétricos usados, Daniel Seixas - CEO Byrd Going Eletric, explica que "com a pandemia as pessoas informaram-se mais e estão a pensar mais no elétrico, mas temos uma grande diferença entre receber um lead e a venda efetiva de um carro, existem muitos contactos que são ainda curiosidade. Temos uma média para converter a venda que é mais comprida. Se um carro a gasóleo demora um ou dois meses, no nosso caso é entre seis meses e um ano”. Sobre a escassez de produto neste segmento, anteriormente conseguiam comprar mais facilmente, mas "há um mês que estamos a sentir a mesma dificuldade em responder à oferta, como um stand convencional”. Para finalizar, Daniel Seixas não deixa de sublinhar que "a nível europeu não estamos atrasados no que diz respeito aos elétricos. Penso que dentro de um ou dois anos a mentalidade das pessoas vai mudar e a infraestrutura vai-se corrigindo pouco a pouco”. 
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