Tendências que transformarão o panorama da indústria de peças no mercado de reposição em 2020

Trimestre após trimestre, ano após ano, a indústria de peças para reposição de automóveis continua a sua ascensão a novos patamares de vendas.

Os consumidores têm agora a opção de uma enorme variedade de peças e acessórios para todos os automóveis produzidos em 2020. Todos os produtos disponíveis têm preços e qualidade diferentes, seja on-line ou em estabelecimentos tradicionais.

Por todo o mundo, a indústria de peças de reposição automóvel deverá atingir 723 mil milhões de dólares em vendas até 2020. Os EUA sozinhos são responsáveis por 296 mil milhões. O setor inclui peças originais, de reposição, equipamentos, serviços e reparações de colisão, para citar apenas alguns.

Nunca houve na história existiu uma linha tão diversa e tecnologicamente avançada de carros, camiões e veículos comerciais. A maioria dos fabricantes está a realizar o possível para reduzir a pegada de carbono.

Novos materiais, tecnologias avançadas e comércio eletrónico chamaram a atenção de todos os proprietários de veículos: cada consumidor deseja uma melhor média de consumo, melhor sonoridade e rodas mais brilhantes.

Tendências emocionantes para a indústria de peças de reposição estão a captar a atenção.

Melhorias tecnológicas significam mais oportunidades para o mercado de reposição. Embora os motores a gasolina permaneçam na liderança, os elétricos e diesel estão a ganhar terreno (EUA). A indústria pós-venda deve desenvolver novos sistemas de injeção e novas tipologias de turbocompressores para reforçar essas necessidades.

• Gasolina e híbridos representam 3,6% de todos os registos de veículos novos, o diesel 2,9%. Enquanto os outros registos permaneceram estagnados, os híbridos aumentaram 64%.

A influência digital transformou a maneira como o consumidor faz uma compra. Os possíveis clientes do mercado de reposição leem tudo, incluindo comentários e vídeos. Ano após ano, os consumidores estão cercados por publicidade on-line, tanto em computadores como nos seus smartphones.

Os sites de rodas e pneus são dos segmentos que mais crescem no setor. O Wheel-Size.com, por exemplo, é feito sob medida para o cliente que procura o ajuste perfeito de rodas ou pneus para o automóvel. O site permite pesquisar por pneus, rodas ou tipo de veículo. Depois que o consumidor faz uma procura detalhada, o site encaminha-o para o seu revendedor preferido.

Nesta indústria os sites cheios de serviços e informações criam ambientes amigáveis para o cliente.
 

O setor pós-venda está a alcançar o resto do mundo usando tecnologias de smartphone e comércio eletrónico. Os construtores estão a utilizar a tecnologia móvel para facilitar a condução e posse de um veículo. A maioria fornece aos proprietários manuais e outras informações essenciais nos seus smartphones para facilitar o acesso.

• 94% dos consumidores acessam o site do fabricante primeiro para obter informações sobre o produto e detalhes específicos sobre a garantia.

• Em 2020, o comércio eletrónico de reposição deverá atingir 12 mil milhões em vendas anuais e mais de 19 mil milhões até 2022. A influência digital on-line é projetada em 160 mil milhões em 2022. 

• Mais de 7 mil milhões em peças de reposição automóvel serão provenientes de tecnologias dos dispositivos móveis em 2020.

Fonte: Estatísticas Hedges Company

Uma tendência positiva para o setor do pós-venda, a idade média dos veículos continua a subir. Automóveis de passageiros e segmento de camiões ligeiros, a idade média é de 11,3 anos. Quanto mais velhos os veículos se tornam, mais peças são necessárias para permanecer na estrada.

Os sinais positivos para a indústria refletem que houve um aumento de 14% na idade dos automóveis nos últimos seis anos. Uma desvantagem é que os fabricantes estão a produzir um produto melhor com menos necessidade de mecânica e peças.

A globalização da indústria de peças pós-venda teve impacto no mundo inteiro. As empresas que desejam ter sucesso devem descobrir alternativas para alcançar o mercado global.

Os construtores estão a apoiar a arquitetura modular. Ou seja, peças semelhantes de vários fabricantes podem ser aplicadas no mesmo veículo.

Essa padronização é particularmente vantajosa em veículos eletrónicos e militares. A arquitetura de veículos genéricos possui vários benefícios a longo prazo para o setor pós-venda. 1) Tempo reduzido para implementar e integrar tecnologias inovadoras. 2) Aumento da concorrência global 3) Custos reduzidos.

• 68% dos consumidores que planeiam fazer uma compra de peças acedem o site do fabricante primeiro, mesmo que a intenção seja comprar numa loja física. 92% dos entusiastas realizam várias pesquisas para localizar o melhor preço.

• Empresários que procuram informações em novos sites fez das palavras "peças automóveis” o terceiro termo de pesquisa mais popular para os compradores. Entusiastas querem informações detalhadas do produto.

As "paisagens” dos clientes estão a evoluir para o setor do pós-venda. O equilíbrio de poder está a mudar. Os consumidores não estão a visitar os sites das marcas para fazer uma compra, simplesmente para encontrar dados adicionais.

Consolidação entre o online e a loja física é agora o que está em jogo.

A tecnologia nivelou o campo de atuação do mercado de reposição. Os principais players, antes considerados intocáveis, encontram-se numa batalha feroz por participação de mercado. 1) Mercados de nicho: apenas alguns comerciantes on-line estabelecidos prosperam sob o novo paradigma de mercado. Os clientes procuram exatamente o que precisam. 2) Localização não é tudo: as empresas não precisam mais de um endereço físico; a tecnologia eliminou a necessidade. 3) Soluções domésticas: existem cadeias de fornecedores globais para todos os que desejam montar uma loja na sua oficina.

• Nenhum outro segmento de mercado avançará mais com a tecnologia blockchain (The Bitcoin Network) do que o da reposição. Porquê? Uma das áreas de crescimento mais rápido do mundo que precisa desesperadamente de autopeças são os países de terceiro mundo. O Blockchain revolucionará a segurança da transferência de dinheiro.

Nenhuma outra entidade do planeta foi mais disruptiva para as indústrias do que a Amazon ou o eBay. Ambos os gigantes on-line investiram agressivamente na área das peças. Os principais intervenientes no mercado renderam-se e mudaram plataformas inteiras para a Amazon.

Os mecânicos usam retalhistas on-line para aceder a informações de produtos e para comprar ao melhor preço. O mercado DIY (do-it-yourself) está em declínio, principalmente devido à complexidade dos veículos modernos. As tendências de compras estão a mover-se para o on-line.

As empresas de pós-venda tecnologicamente mais avançadas estão a descobrir o seu caminho para o sucesso ao não desafiar os titãs. Em vez disso, essas empresas usam os vastos canais de distribuição e a influência do marketing que a Amazon e eBay fornecem.

A indústria do pós-venda é a que mais se rege por dados em todo o mundo, portanto, não é de surpreender que esteja a adotar a transformação digital. Os veículos inteligentes coletam informações sobre todas as facetas da sua experiência, desde dados detalhados do condutor até rotas, padrões de tráfego e o tipo de óleo usado no seu carro.

• Na realidade, pouco mudou no esquema geral dos motores de combustão interna e grupos motopropulsores. No entanto, os fornecedores de peças de reposição mudaram de tática nos últimos tempos. Módulos modernos de controlo de potência, o PCM executa mais de 2000 procedimentos por segundo. Exemplo: um GM PCM contém mais de 500 mil linhas de código e entrega 60 milhões de valores de calibração por ano.

• Espera-se que os sistemas de tecnologia de condução assistida economizem mais de um trilião de dólares aos consumidores nas próximas décadas e mais de 900.000 vidas.

Num futuro não muito distante, veículos autónomos tornar-se-ão maravilhas tecnológicas. Os veículos capazes de se orientar oferecem um futuro de segurança e conforto incomparáveis a quem conduz. Os participantes do mercado de reposição estão a trabalhar freneticamente para que o futuro aconteça agora.

Visionários como Elon Musk prevêem que os veículos autónomos se tornarão comuns, da mesma maneira que os elevadores já foram. No começo, os elevadores operavam com a ajuda de um humano dentro da cabine. Alguma tecnologia adicionada e temos o conforto de elevadores modernos.

Compradores de carros stressados, que hesitam uma viagem ao stand do revendedor está-se a tornar uma coisa do passado. Alguns anos atrás, a única informação que um consumidor possuía era um anúncio de jornal local e as suas habilidades de negociação. Agora, os consumidores podem comprar um carro, trocá-lo, voltar a negociar sem pisar um stand.

Encontrar o tapete, a peça de desempenho ou o logotipo do seu clube favorito estampado nunca foi tão fácil. Os fornecedores e produtores de peças já encontraram maneiras criativas de agregar benefícios de valor acrescentado ao seu produto. Os sites mostram como esse novo conjunto de rodas irá ficar no seu veículo ou o aumento de desempenho devido à troca de marca de óleo.

Um vislumbre da tecnologia futura. A Audi introduziu showrooms virtuais em todas os seus concessionários.

Décadas atrás, automóveis, camiões e veículos comerciais eram sistemas simples, sem computador. Comprar uma peça significava ir a uma loja suja e de bancada gordurosa. Como os tempos mudaram.

Em vez de uma tarefa onerosa, comprar um carro ou identificar aquela peça de desempenho perfeito transformou-se num esforço emocionante. O setor pós-venda é radicalmente diferente graças a uma extensa variedade de tecnologias digitais emergentes.

A cadeia de fornecedores e processos de fabrico aprimorados colocam produtos no mercado mais rapidamente e com menos custos indiretos. O paradigma tradicional da manufatura regional consolidada foi suplantado pela produção global descentralizada. As melhorias nas cadeias de fornecimento e expedição levaram o setor de peças de reposição para um mercado global.

• A digitalização do mercado pós-venda reduziu a taxa de defeitos e aumentou a produção. As fábricas de pós-venda estão rapidamente a chegar aos 75% de automatização. Fábricas inteligentes usam IA e algoritmos avançados para expandir as taxas de produção anual em quase 8,5%.