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Ferry norueguês eletrificado com baterias de carga ultrarrápida

• Ferry que liga as cidades de Moss e Horten será convertido para energia elétrica, reduzindo as emissões de CO2.
05 Set. 2019
Ferry norueguês eletrificado com baterias de carga ultrarrápida
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• Anualmente, transporta 1,8 milhões de veículos e 3,7 milhões de passageiros• Converter os 2300 ferries que existem no mundo reduziria as emissões de CO2 em 4 milhões de toneladas métricas A rota do ferry Moss-Horten, a maior da Noruega, passará a operar com energia elétrica a partir de 2021, graças às novas baterias desenvolvidas pela Siemens. Trata-se da bateria mais potente do mundo jamais desenvolvida para uma operação...
• Anualmente, transporta 1,8 milhões de veículos e 3,7 milhões de passageiros
• Converter os 2300 ferries que existem no mundo reduziria as emissões de CO2 em 4 milhões de toneladas métricas

A rota do ferry Moss-Horten, a maior da Noruega, passará a operar com energia elétrica a partir de 2021, graças às novas baterias desenvolvidas pela Siemens. Trata-se da bateria mais potente do mundo jamais desenvolvida para uma operação totalmente elétrica e do maior conjunto de baterias alguma vez fornecido para um ferry norueguês com esta dimensão. As baterias Siemens, refrigeradas a água, destacam-se por ter potências de carga recorde, ajudando a reduzir tanto o custo das baterias, como as emissões de CO2.
 
O ferry Moss-Horten transporta, anualmente, 1,8 milhões de veículos e 3,7 milhões de passageiros através do fiorde de Oslo. O projeto da Siemens inclui um sistema de armazenamento de energia com baterias de 4,3 MW e um sistema de gestão de energia, que funcionarão a bordo do novo ferry a partir de janeiro de 2021. A Siemens fornecerá também a infraestrutura de carga que permitirá fazer um carregamento ultrarrápido enquanto o ferry estiver atracado, requerendo uma ligação ao cais em alta tensão e uma potência até 7,2 MW.

Inicialmente, o ferry funcionará cerca de 65% do tempo com energia elétrica, uma vez que, de momento, apenas existem instalações de carregamento num dos lados do percurso, na cidade de Horten. Assim que as instalações de carregamento em Moss ficarem prontas, o ferry passará a operar 100% a energia elétrica.
 
"Se a transição verde é para ser implementada globalmente, então as autoridades de outros países devem olhar para a Noruega e confirmar o quão rentável pode ser a conversão de ferries para tecnologias de emissões baixas ou zero", destaca Ketil Aagesen, responsável de vendas da Siemens Offshore & Marine Center. 
 
"Estas soluções de eletrificação são igualmente adaptáveis para os ferries em Portugal, nomeadamente os que operam no rio Tejo, nas ligações a Setúbal e Tróia, assim como nas ilhas da Madeira e nos Açores” acrescentou António Carvalho, responsável pela área Marine Solutions da Siemens Portugal.
 
O equivalente a menos 3.400 carros em emissões de CO2

Comparada com um ferry convencional, a versão elétrica alimentada por baterias economiza o equivalente às emissões de CO2 de 3.400 carros novos a gasolina. 

Estes cálculos foram feitos pela Enova e pelo Bastø Fosen, e são baseados numa média anual de 12.140 km percorridos (dados do Instituto de Estatísticas da Noruega) e uma média de emissões de gases com efeito de estufa de 94 gramas por km percorrido, por automóveis a gasolina vendidos em 2018 (cf. OFV).
 
Levantamentos feitos pela Siemens indicam que existem, mundialmente, cerca de 2.300 ferries, dos quais 1.300 têm mais de 25 anos. Assumindo que tanto o padrão operacional, como o tamanho destes ferries são similares aos ferries noruegueses, a conversão destas embarcações em energia elétrica eliminaria a utilização de 1,3 milhões de toneladas de gasóleo, reduzindo as emissões de CO2 em quase 4 milhões de toneladas métricas.
 
Para além disso, um estudo de 2015, elaborado pela Bellona e pela Siemens, concluiu que seria lucrativo converter 70% dos ferries da Noruega em elétricos ou híbridos. Por si só, a transição dos ferries noruegueses para funcionamento elétrico ou híbrido reduziria as emissões de CO2 em 300 mil toneladas métricas, o equivalente a aproximadamente 9% das emissões totais produzidas pelo transporte marítimo doméstico.
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