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Bosch: Resultados financeiros de 2018

Bosch aumenta vendas em Portugal em 13% para 1,7 mil milhões de euros.
10 Mai. 2019
Bosch: Resultados financeiros de 2018
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- Número de colaboradores aumenta 850 para um total de 5.300 em 2018 - Bosch prevê estabilização do negócio em Portugal para os próximos anos - Bosch reduzirá pegada de carbono para nível zero nas 400 localizações em todo o mundo em 2020 A Bosch, fornecedora líder global de tecnologia e serviços, encerrou o ano fiscal de 2018 em Portugal com vendas totais de 1,7 mil milhões de euros, incluindo vendas de empresas não consolidadas e...
- Número de colaboradores aumenta 850 para um total de 5.300 em 2018
- Bosch prevê estabilização do negócio em Portugal para os próximos anos
- Bosch reduzirá pegada de carbono para nível zero nas 400 localizações em todo o mundo em 2020

A Bosch, fornecedora líder global de tecnologia e serviços, encerrou o ano fiscal de 2018 em Portugal com vendas totais de 1,7 mil milhões de euros, incluindo vendas de empresas não consolidadas e serviços internos a empresas parceiras. Tal corresponde a um aumento de 13% em relação ao ano anterior. No mercado local, a Bosch registou vendas consolidadas de 308 milhões de euros, 28% acima do nível de 2017. "2018 foi mais um ano de sucesso para a Bosch Portugal: crescemos em todos as localizações e alcançamos um recorde de vendas", afirma Carlos Ribas, representante da Bosch em Portugal. A Bosch reforçou a sua posição como uma das maiores exportadoras do país, com mais de 95% da produção destinada ao mercado internacional. Mais de 50 países em todo o mundo importam soluções produzidas em Aveiro, Braga e Ovar. "Todos as localizações em Portugal evoluíram positivamente e contribuíram para a consolidação dos nossos negócios no país, tornando Portugal num dos principais países na Europa para o Grupo Bosch”, afirma Javier González Pareja, Presidente do Grupo Bosch em Portugal e Espanha. Carlos Ribas acrescenta: "Com base no primeiro trimestre, esperamos uma evolução comercial estável em Portugal em 2019. Além disso, queremos continuar a crescer ainda mais na área de I&D e expandir as nossas parcerias de inovação com centros de conhecimento e competências em Portugal."

Em 2018, o Grupo Bosch investiu 111 milhões de euros em Portugal, principalmente nos centros de Investigação e Desenvolvimento (I&D) e na expansão da sua fábrica em Braga, à qual foram adicionados 20.000m2 de área de produção e escritórios no sentido de atender à crescente procura das suas soluções por parte dos vários clientes. A Bosch continuará a investir em Portugal e planeia alocar mais de 80 milhões de euros no país em 2019 para dar continuidade a expansão das instalações em Braga e Ovar.

Com mais de 5.300 colaboradores, a Bosch é um dos maiores empregadores em Portugal. Em 2018, foram criados mais de 850 novos empregos nas mais diversas áreas de atuação da empresa, dos quais 130 são engenheiros nos centros de I&D. Em 2019, a empresa pretende fortalecer ainda mais as suas equipas de I&D com a contratação de cerca de 250 engenheiros.

Desenvolvimento das áreas de negócio

A área de Soluções de Mobilidade voltou a registar um crescimento significativo em Portugal, correspondendo a 67% do volume total de vendas em 2018. A Bosch tem sido particularmente bem sucedida com a multimédia automóvel e clusters de instrumentação, bem como com soluções de segurança desenvolvidas e produzidas em Braga, como é o caso do sistema V2X, que permite a comunicação entre veículos e infraestruturas, uma função essencial para a condução autonóma. As equipas de I&D da Bosch em Braga deram também um contributo significativo para o desenvolvimento de um sensor que permite que veículos autonómos determinem a sua posição de forma precisa. Para além destas conquistas, o primeiro painel de instrumentos curvo de programação livre está a ser produzido na Bosch em Braga.

A área de Energia e Tecnologia de Edifícios gerou 26% do volume total de vendas em 2018. As atividades de investigação e desenvolvimento em Aveiro e Ovar registaram bons resultados nas vendas de sistemas de aquecimento água, de comunicação e videovigilância. Em Ovar, o crescimento de cerca de 30% do total de vendas em 2018 foi um reflexo de novos projetos para as áreas de termotecnologia e eletrodomésticos da Bosch. A equipa da Bosch em Aveiro, dedicada à termotecnologia, é responsável pela gestão da unidade global de aquecimento de água residencial. Além disso, encontramos aqui o centro de competência para as soluções de água quente da Bosch em todo o mundo, e o desenvolvimento de software para plataformas web e móveis para vários negócios da Bosch. O desenvolvimento e produção de soluções para casas inteligentes e sustentáveis são o foco desta equipa que, em 2018, realizou a introdução de um portfólio completamente renovado na Europa e ampliou a gama de produção de caldeiras.

A área de negócio de Bens de Consumo, abrangendo os eletrodomésticos e as ferramentas elétricas, atingiu 7% do volume total de vendas da Bosch em Portugal, contribuindo, igualmente, para os bons resultados no país em 2018.

A Bosch continua focada na inovação e nos serviços partilhados

A Bosch e a Universidade do Minho foram pioneiras na aproximação entre indústria e academia em Portugal, iniciando em 2013 aquela que se viria a tornar na maior parceria de inovação do país. Segundo Carlos Ribas, "a aposta da Bosch está cada vez mais no talento dos investigadores portugueses que trabalham connosco em várias áreas de I&D". Neste sentido, a Bosch e a Universidade do Minho iniciaram recentemente a terceira fase do projeto de inovação, que permitirá a criação de novas soluções para a mobilidade do futuro e para a indústria conectada. A empresa também estabeleceu uma parceria de inovação com a Universidade do Porto para desenvolver soluções para cidades inteligentes e seguras. Estes projetos, que marcam um novo ciclo de investimento em inovação em Portugal, vão receber um investimento total de mais de 50 milhões de euros até 2022, divididos entre a Bosch e as Universidades do Minho e do Porto.

Além disso, a Bosch continua a expandir os seus serviços partilhados de comunicação e RH, sediados em Lisboa, e recrutou cerca de 90 colaboradores para estas atividades em 2018. A empresa prevê o crescimento da equipa de Bosch Service Solutions que conta atualmente com cerca de 240 colaboradores e presta serviços para grandes marcas europeias.

Uma visão do Grupo Bosch em 2019: ações ambientais e medidas para melhorar a qualidade do ar 

O Grupo Bosch espera que o desenvolvimento económico global seja moderado em 2019. Apesar do ambiente difícil em setores e regiões que são importantes para a empresa, a Bosch espera que as vendas previstas para 2019 ultrapassem os valores registados em 2018. Independentemente das perspetivas a curto prazo, a empresa está a intensificar esforços para combater as alterações climáticas e melhorar a qualidade do ar. "A alteração climática não é ficção científica; é uma realidade. Se quisermos respeitar o Acordo de Paris, as medidas ambientais precisam de ser encaradas não como ações a longo prazo, mas antes como uma mudança de comportamento no imediato.”, afirmou Volkmar Denner, presidente do conselho de administração da Robert Bosch GmbH, na conferência de imprensa anual em Renningen, Alemanha. "Estamos também comprometidos em respeitar e atender às exigências públicas por uma melhor qualidade do ar nas cidades. Como líder em inovação, queremos fornecer soluções tecnológicas para os problemas ecológicos”.

É por isso que a Bosch está a intensificar esforços, já bem-sucedidos, para reduzir a produção de CO2. "Seremos a primeira grande empresa industrial a atingir a meta ambiciosa de neutralidade de carbono, em pouco mais de um ano", anunciou Volkmar Denner. "Todos as 400 localizações da Bosch, espalhadas pelo mundo, serão neutras em carbono a partir de 2020.” Em Portugal, as fábricas já atingiram uma redução de 21% das emissões de CO2 desde 2007. A energia verde tem sido utilizada no país desde janeiro de 2019. Por outro lado, a Bosch pretende também atingir uma meta ambiciosa no que diz respeito à qualidade do ar: "Queremos reduzir a poluição do ar gerada pelo tráfego rodoviário para praticamente zero. Para que isso aconteça, estamos a olhar para lá daquilo que está por baixo do capot do automóvel”, concluiu Volkmar Denner. Neste sentido, as atividades da Bosch estarão alicerçadas em três pilares: o desenvolvimento de tecnologias de baixo consumo de energia, o trabalho conjunto com autoridades municipais em projetos para a gestão do tráfego rodoviário e a implementação de um sistema próprio de gestão de mobilidade nas várias localizações Bosch.
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