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ZF regista recorde de vendas em 2017

Anuncia aumento das atividades de investigação e desenvolvimento.
22 Mar. 2018
ZF regista recorde de vendas em 2017
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• O diretor executivo da ZF anuncia a contínua expansão das atividades de investigação e desenvolvimento durante a apresentação dos resultados financeiros da empresa • A empresa de tecnologia registou um recorde de vendas de 36,4 mil milhões de euros, em 2017 • O EBIT ajustado foi superior a 2,3 mil milhões, apesar dos aumentos de despesas com investigação e desenvolvimento • Scheider acredita que a cultura de...
• O diretor executivo da ZF anuncia a contínua expansão das atividades de investigação e desenvolvimento durante a apresentação dos resultados financeiros da empresa
• A empresa de tecnologia registou um recorde de vendas de 36,4 mil milhões de euros, em 2017
• O EBIT ajustado foi superior a 2,3 mil milhões, apesar dos aumentos de despesas com investigação e desenvolvimento
• Scheider acredita que a cultura de start-up pode também ser fomentada em grandes empresas

A ZF Friedrichshafen AG vai aumentar novamente o investimento em investigação e desenvolvimento e trabalhar mais rapidamente para produzir tecnologias para o futuro da mobilidade. O CEO, Wolf-Henning Scheider, em funções desde 1 de fevereiro, fez hoje esta declaração na conferência de imprensa anual da empresa, em Friedrichshafen. A ZF terminou o exercício de 2017 com um recorde de vendas de 36,4 mil milhões que, quando ajustados para efeitos de taxa de câmbio e atividades de F&A (fusões e aquisições), produziram um crescimento orgânico de 6 por cento. A ZF reduziu também a dívida resultante da aquisição da TRW Automotive e divulgou um EBIT ajustado de 2,3 mil milhões, apesar do aumento dos custos com investigação e desenvolvimento.

"O mundo da mobilidade avança a alta velocidade”, diz Scheider. "Planeamos dar aos nossos clientes soluções pioneiras em todos os campos ao abrigo do nosso lema "See – Think – Act” (Ver - Pensar - Agir) e para esse efeito vamos aumentar o nosso investimento em investigação e desenvolvimento".

Em 2017, a ZF gastou 2,2 mil milhões de euros em investigação e desenvolvimento, um aumento de quase 15 por cento em comparação com 2016. Este ano, mais de dois mil milhões vão ser canalizados para trabalho de desenvolvimento em todo o mundo, com o objetivo de desenvolver transmissores elétricos e para a hibridização da tecnologia de transmissões, bem como para sistemas de segurança dos veículos e a condução automatizada. Isto significa que neste ano a percentagem do orçamento atribuída a I&D irá aumentar de 6,1 por cento para 6,5 por cento. De igual modo, a ZF pretende continuar a investir em propriedades, fábricas e equipamento (2017: 1,4 mil milhões de euros). Estão planeadas duas novas fábricas para a produção de componentes de transmissão elétrica, entre outras coisas.

Vendas aumentam seis por cento

Em 2017, a ZF assistiu a um crescimento nominal das vendas do Grupo de 3,6 por cento, para 36,4 mil milhões de euros (2016: 35,2 mil milhões). Ajustado para feitos de taxa de câmbio e atividades de F&A, o crescimento orgânico de vendas é de seis por cento. "Este resultado mostra o empenhamento e elevado nível de motivação dos nossos colaboradores”, disse Scheider. As divisões de Tecnologia para Veículos Comerciais e de Tecnologia de Transmissão para Automóveis tiveram aumentos acima do nível da média, de 7,2 por cento e 9,3 por cento respetivamente. "As nossas transmissões automáticas altamente eficientes para veículos de passageiros contribuem para a redução das emissões de CO2. Como tal, são um componente essencial para atingir os limites europeus e os objetivos globais para o clima e são objeto de grande procura. Em combinação com o motor elétrico altamente integrado, esta tecnologia ainda possui um significativo potencial de crescimento”, diz Scheider.

Crescimento regional misto. Tanto na Europa como na América do Norte, as vendas aumentaram mais de três por cento. O crescimento orgânico de oito por cento na região da Ásia-Pacífico foi reduzido para cerca de dois por cento devido ao efeito negativo de unidade monetária chinesa, o renminbi. A crise económica na América do Sul parece ter sido ultrapassada em grande parte. As vendas aumentaram significativamente, em cerca de 26 por cento, depois de terem atingido um nível baixo.

O número de colaboradores do Grupo ZF era de 146.148 na data efetiva, a 31 de dezembro de 2017 (2016: 136.820). Foram criados postos adicionais principalmente na China, no México, em Portugal, nos Estados Unidos e na Alemanha, dos quais a maioria nas divisões de Tecnologia de Segurança Ativa e Passiva, Eletromobilidade, Tecnologia de Chassis para Automóveis e Tecnologia de Transmissão para Automóveis. Deste total, cerca de 1700 postos de trabalho foram atribuídos só a investigação e desenvolvimento.

Lucro estável, maior produtividade

No ano passado, a ZF não só aumentou as suas vendas, mas também os seus lucros. Os resultados antes de juros e impostos (EBIT) aumentaram de 2,2 mil milhões para 2,3 mil milhões: a margem do EBIT ajustado foi igual ao do ano anterior, de 6,4 por cento. Como tal, tanto as vendas como os resultados estão dentro dos valores mais altos previstos no início de 2017. No exercício do ano passado, o fluxo de caixa ajustado foi de 1,8 mil milhões (2016: 2,0 mil milhões). O rácio de capital próprio aumentou uma vez mais, de 21 para 24,4 por cento. "Deixamos para trás um ano lucrativo e bem-sucedido”, disse o Dr. Konstantin Sauer, CFO da ZF. "Melhorámos os nossos processos e estruturas de custos num ambiente desafiante e tornámo-nos ainda mais produtivos. Como tal, fomos capazes de financiar um maior orçamento para investigação e desenvolvimento aumentando, ao mesmo tempo, a qualidade dos resultados.”

Cerca de dois anos e meio após a aquisição da TRW Automotive em maio de 2015, a ZF conseguiu reduzir a dívida bruta para 6,4 mil milhões de euros, quase metade do montante original, até ao final de 2017. "Com base no forte fluxo de caixa, o nosso objetivo é reduzir ainda mais os passivos financeiros e a continuar a redução da dívida do Grupo ZF, em 2018”, disse Sauer.

Perspetivas para 2018

O desenvolvimento do mercado é volátil por todo o mundo. Tendo isto em consideração, o CEO da ZF, Scheider prevê um crescimento orgânico de cerca de cinco por cento para 2018. A ZF espera concluir em breve a venda da Unidade deNegócio Body Control Systems à Luxshare, o que resultará numa queda proporcional das vendas. Consequentemente, a ZF espera que as vendas do Grupo sejam de 36,5 mil milhões. Tal como no ano anterior, a ZF pretende conseguir um EBIT ajustado de cerca de seis por cento e um fluxo de caixa ajustado de mais de mil milhões de euros.

Mais velocidade para a inovação

Os requisitos para um desenvolvimento dinâmico na indústria automóvel são altamente exigentes, por isso, o CEO da ZF, Wolf-Henning Scheider, pretende acelerar a cooperação relacionada com projetos dentro do Grupo. "Estamos a reforçar a implementação de equipas multidisciplinares com um elevado nível de autonomia na tomada de decisões e cooperação”, disse Scheider. "Estas conseguem adaptar-se melhor aos requisitos dos novos campos da tecnologia, em rápida mutação. Trabalhamos ainda mais de próximo dos nossos clientes nestes projetos e, numa fase precoce, de modo a que se possam levar produtos atrativos a serem produzidos em larga escala e muito mais rapidamente. No entanto, isto também significa que um projeto pode ser abandonado rapidamente, se as expetativas não foram cumpridas. Com esta abordagem, a cultura da start-up pode estar presente num grande grupo.”

As equipas da ZF devem ser constantemente recriadas, estritamente de acordo com os requisitos de cada projeto, de modo a que possam dar resposta a questões do futuro, de modo a desenvolver rapidamente as melhores soluções possíveis para os clientes. Vários projetos de condução autónoma servem de exemplo. "Em conjunto com o nosso desenvolvimento testado e aprovado de projetos de produção em escala nos campos tradicionais, trabalhamos agora também com um sistema operacional duplo”, explicou Scheider.
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