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31.000 empregos podem desaparecer no pós-venda em 2036

O desenvolvimento da energia elétrica associado a mudanças estruturais na indústria automobilística deve impactar o pós-venda. O Observatório da Anfa na França examinou esta questão e mostra que dezenas de milhares de empregos podem desaparecer em solo gaulês.
19 Out. 2020
31.000 empregos podem desaparecer no pós-venda em 2036
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Qual será o impacto do veículo elétrico no setor de pós-venda? Esse é o tema do último estudo do Observatório da Associação Nacional de Formação Automóvel (Anfa). Sobre uma frota francesa estimada em cerca de 40 milhões de unidades (para uma idade média de 10,9 anos), foram estabelecidos vários cenários, três neste caso, para tentar ver o que essa tecnologia representará até 2036. O primeiro, o mais baixo...
Qual será o impacto do veículo elétrico no setor de pós-venda? Esse é o tema do último estudo do Observatório da Associação Nacional de Formação Automóvel (Anfa). Sobre uma frota francesa estimada em cerca de 40 milhões de unidades (para uma idade média de 10,9 anos), foram estabelecidos vários cenários, três neste caso, para tentar ver o que essa tecnologia representará até 2036.

O primeiro, o mais baixo (mercado que estagna, procura que se mantém limitada, evoluções tecnológicas que se acalmam, menor pressão regulatória…), através do qual a frota de VEs atingiria apenas 10%. Um segundo, o mediano (sem revolução, mas um crescimento constante nos registros e objetivos de CO2 em conformidade com o que são hoje), avalia esse número em 20%. E por último um terceiro, o mais elevado (evolução da oferta, preços mais baixos, melhoria da autonomia e meios de recarga, maiores constrangimentos aos fabricantes para promover esta tecnologia ...), prevê 30% de elétricos no parque circulante.

O EV é menos lucrativo para oficinas

Como o Observatório da Anfa destaca, estamos atualmente num momento crucial nessa questão e o cenário intermediário, portanto, parece o menos provável. Restam os dois mais opostos para compreender as possíveis evoluções do pós-venda. 

A partir dessa evolução, este estudo focalizou inicialmente a atividade das oficinas. Na questão da manutenção e reparação, o impacto do VE nas operações será relativamente ligeiro, com uma diminuição entre 2,8% e 4% dependendo dos cenários. É antes nas horas de trabalho que uma mudança realmente perceptível será observada. Nesse ponto, a queda deve chegar a 6% no melhor caso e 13% no pior. Uma constatação lógica. Eletricidade significa menos avarias complexas e menos avarias ligeiras. O negócio de pneus não deve sofrer tanto mas  pairam dúvidas sobre o negócio da carroceria.

Uma situação já vivida no passado 

Na questão do emprego, no presente, além das trocas de motorização, também devem ser levadas em consideração as mudanças estruturais (fiabilidade dos modelos, menor quilometragem média, redução das etapas de manutenção). As conclusões deste estudo mostram que o primeiro efeito terá apenas um impacto muito pequeno sobre o emprego no setor com 1.600 empregos perdidos (-0,75%) até 2036 no cenário baixo e 21.500 (- 10%) no maior. Por outro lado, ao misturar os dois elementos, os resultados são significativamente superiores. 

No cenário baixo, 11.500 empregos seriam perdidos em 16 anos (-5%), ou cerca de 720 a cada ano. No cenário de alta, 31.000 empregos desapareceriam (-14%), ou pouco mais de 1.300 por ano fiscal. Embora altas, essas tendências devem ser colocadas em perspectiva em relação à história recente. Como a Anfa nos lembra, o mercado de pós-venda experimentou picos de -7.000 em 2012 e +7.000 em 2018. Concluindo, se o impacto do veículo será muito real para o setor, ele deve ser ponderado. Além disso, nem todas as redes serão afetadas da mesma forma, nas mesmas proporções ou ao mesmo tempo.
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