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94% dos portugueses têm uma perceção positiva da economia circular

7 em cada 10 europeus já ouviram falar da economia circular. 22% dos portugueses sabem precisamente em que consiste
15 Abr. 2022
94% dos portugueses têm uma perceção positiva da economia circular
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O conceito de economia circular surgiu pela primeira vez em 1990 e, nos dias de hoje, está cada vez mais presente na vida dos europeus. Mas será que os consumidores o conhecem?  De acordo com o Barómetro Europeu do Consumo Observador Cetelem 2022, realizado em 17 países europeus, quase 7 em cada 10 europeus inquiridos dizem que já ouviram falar da economia circular, sendo que um terço diz saber exatamente do que se trata. No entanto, este...
O conceito de economia circular surgiu pela primeira vez em 1990 e, nos dias de hoje, está cada vez mais presente na vida dos europeus. Mas será que os consumidores o conhecem? 

De acordo com o Barómetro Europeu do Consumo Observador Cetelem 2022, realizado em 17 países europeus, quase 7 em cada 10 europeus inquiridos dizem que já ouviram falar da economia circular, sendo que um terço diz saber exatamente do que se trata. No entanto, este conhecimento varia de país para país. Por exemplo, 36% dos italianos são capazes de definir com precisão o conceito de economia circular. Seguindo-se os alemães (29%), os espanhóis e franceses (28% em ambos) e os noruegueses com 26%. Cerca de 22% dos portugueses e belgas também sabem definir economia circular. Contudo, a leste o conhecimento é menor, com apenas 9% dos eslovacos, por exemplo, a terem uma ideia clara sobre o que representa.

Além de diferenças geográficas, também se encontramos disparidades geracionais. Os que têm menos de 50 anos estão mais familiarizados com o significado da economia circular face aos que têm uma idade superior.

Embora este conceito possa não chegar a todos da mesma forma, as perceções gerais são muito positivas. Uma vez explicado, mais de 8 em cada 10 europeus encaram-no de forma positiva. Os portugueses são dos mais (94%) recetivos à ideia, seguindo-se dos italianos (93%). Contudo, mais uma vez, é preciso viajar para o leste para encontrarmos mais vozes dissidentes, sendo os checos um exemplo disso, embora a pontuação permaneça muito positiva (73%). 

Esta perceção positiva da economia circular reflete-se na associação a valores igualmente positivos. 85% dos europeus consideram que a economia circular contribui para a preservação do ambiente e dos recursos naturais, que é um dos seus principais objetivos. Os portugueses e italianos são os mais propensos a expressar esta opinião (92%). 

A segunda qualidade associada à economia circular é potenciar o desenvolvimento de produtos e processos inovadores, destacada por 82% dos europeus, com os italianos e portugueses novamente mais entusiastas do que os restantes, embora não exista muita diferença entre países. A completar o pódio está a criação de empregos, apontada por 75% dos europeus, com pouquíssimas divergências entre as nações. 

Para a maioria, a economia circular veio para ficar e apenas 35% dos europeus a consideram uma moda passageira.

A definição de Economia Circular utilizada no estudo é a da ADEME - Agência da Transição Ecológica em França: "A economia circular é um sistema económico em que, em todas as fases do seu ciclo de vida, os produtos (bens e serviços) são produzidos e comercializados de forma a aumentar a eficiência com que os recursos são usados para reduzir o seu impacto ambiental ao mesmo tempo em que melhora o bem-estar dos indivíduos”.

Metodologia:
O inquérito quantitativo aos consumidores foi conduzido pela Harris Interactive entre 5 e 19 de novembro de 2021, em 17 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Espanha, França, Hungria, Itália, Noruega, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido, Eslováquia e Suécia. Foram realizados inquéritos online num total de 15 800 indivíduos (através do método CAWI). Os inquiridos, com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos, foram selecionados de amostras nacionais representativas de cada país. A representatividade da amostra foi assegurada pelo método de quotas (género, idade, local de residência e nível de rendimentos/classe socioprofissional). Foram realizados 800 inquéritos em cada um país, exceto em França onde foram realizados 3 000 inquéritos.
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