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Os prazos de pagamento nas empresas

Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal.
18 Mai. 2023
Os prazos de pagamento nas empresas
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De acordo com o "Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal”, impulsionado pela Crédito y Caución e pela Iberinform, em 2023, os prazos de pagamento estabilizaram em valores muito semelhantes aos de 2022, quando registaram uma contração significativa. Segundo o estudo, no qual participaram mais de 300 diretores de empresas de todas as dimensões e sectores, 13% do tecido produtivo nacional, dois pontos percentuais mais que no...
De acordo com o "Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal”, impulsionado pela Crédito y Caución e pela Iberinform, em 2023, os prazos de pagamento estabilizaram em valores muito semelhantes aos de 2022, quando registaram uma contração significativa. Segundo o estudo, no qual participaram mais de 300 diretores de empresas de todas as dimensões e sectores, 13% do tecido produtivo nacional, dois pontos percentuais mais que no ano passado, trabalha com prazos de pagamento superiores a 90 dias.

Apenas 53% das empresas inquiridas opera com prazos inferiores aos 60 dias previstos no Decreto-Lei n.º 62/2013 de transposição da diretiva europeia de medidas de luta contra os atrasos de pagamento nas transações comerciais. Embora isso signifique que uma em cada duas empresas opera com prazos mais amplos que os desejados na Europa, o certo é que se trata da melhor percentagem de cumprimento da série histórica, similar à alcançada em 2022.

70% denota problemas financeiros nos seus clientes

82% das empresas, dois pontos mais que há um ano, tem de aceitar prazos de pagamento superiores aos desejados para poder manter a sua carteira de clientes. O melhor comportamento regista-se no sector público e o pior entre as PME e as grandes empresas. Apenas 11% das empresas que têm relações comerciais com a administração têm de aceitar uma extensão indesejada dos prazos de pagamento. A capacidade dos trabalhadores independentes para imporem prazos de pagamento também se reduziu para 25%. No caso das PME e das grandes empresas, este valor atinge os 42% e os 43%, respetivamente.

Durante a pandemia, as pequenas e médias empresas registaram uma redução progressiva da imposição de prazos mais amplos. Pelo contrário, as grandes empresas registaram um agravamento do seu comportamento enquanto clientes, aumentando a bolsa daquelas que impõem prazos amplos aos seus fornecedores.

70% das empresas denota problemas financeiros nos seus clientes. Esta falta de liquidez volta a ser a razão mais citada para explicar a morosidade empresarial, à frente do atraso intencional (53%), da complexidade dos procedimentos de pagamento (16%), da emissão de faturas incorretas (3%) ou das divergências quanto à qualidade dos bens ou serviços fornecidos (1%).
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