O Cesvi Brasil, centro de pesquisa especializado em reparação automóvel e segurança rodoviária, salienta as diferenças de reparar carros com carroçarias à base de alumínio em relação às convencionais chapas de aço. A carroceria de alumínio traz alguns benefícios para os veículos, por isso alguns construtores, como é o caso da Ford nos Estados Unidos, mudou do aço para o alumínio a carroçaria do seu veículo mais vendido, a...
O Cesvi Brasil, centro de pesquisa especializado em reparação automóvel e segurança rodoviária, salienta as diferenças de reparar carros com carroçarias à base de alumínio em relação às convencionais chapas de aço. A carroceria de alumínio traz alguns benefícios para os veículos, por isso alguns construtores, como é o caso da Ford nos Estados Unidos, mudou do aço para o alumínio a carroçaria do seu veículo mais vendido, a picape F-150. Com isso, obteve uma redução de peso no modelo de mais de 300 quilos – quase 20% a menos que o peso original. Com um veículo mais leve é possível obter maior eficiência energética, diminuindo assim o consumo de combustível. Segundo o centro de pesquisa, a mudança nas carroçarias vem para ficar e o mecânico precisa estar preparado para a sua manutenção. "Devido ao desconhecimento tanto das características desse metal quanto da técnica apropriada para o trabalho, muitas oficinas têm encontrado dificuldades para reparar pequenas avarias no alumínio”, aponta Emerson Feliciano, gerente sénior de Pesquisa e Desenvolvimento do Cesvi Brasil. O especialista comenta que o alumínio oferece uma resistência maior à corrosão e, quando estampado, tem uma dureza maior. Quando as chapas de alumínio são desbastadas com esmerilhadeira, não soltam fagulhas (diferentemente do aço), e por isso o mecânico não tem uma noção exata se está desbastando material em excesso – o que exige mais do conhecimento do especialista. Além disso, por ter uma condutividade elétrica mais alta que o aço, Emerson diz que o alumínio não pode ser trabalhado com as repuxadeiras convencionais. Aliás, as ferramentas que a oficina costuma usar para o reparação do aço não devem, posteriormente, ser usadas no alumínio, já que isso pode provocar contaminação da peça. Por último, ele chama atenção para a soldagem do alumínio. É um procedimento mais complexo, sendo que esse metal, muitas vezes, é reparado com adesivo estrutural, o que exige uma maior formação do operador. Na substituição parcial, é comum o uso de rebites especiais para alumínio – além do adesivo estrutural. E aqui vale lembrar: desenvolvidos para substituir a solda convencional em algumas aplicações, os adesivos estruturais têm como componente principal o poliuretano, ou epóxi, promovendo uma boa adesão às áreas que precisam ser coladas. |