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Mobilidade mais cara

O novo tarifário da Via Verde prevê alterações e DECO contesta.
08 Dez. 2021
Mobilidade mais cara
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A DECO PROTESTE repudia a prática comercial anunciada pela empresa, que sujeita os clientes a aumentos que chegam aos 50%, muito acima dos 3% previstos para a inflação, para manterem o acesso aos serviços que já tinham contratado com o operador, o que só pode estar escudado pelo facto "lamentável de não existir concorrência que ameace o domínio inequívoco da Via Verde neste mercado". "Mascarando agora o novo tarifário numa suposta...
A DECO PROTESTE repudia a prática comercial anunciada pela empresa, que sujeita os clientes a aumentos que chegam aos 50%, muito acima dos 3% previstos para a inflação, para manterem o acesso aos serviços que já tinham contratado com o operador, o que só pode estar escudado pelo facto "lamentável de não existir concorrência que ameace o domínio inequívoco da Via Verde neste mercado".

"Mascarando agora o novo tarifário numa suposta reestruturação da oferta, constatamos que a Via Verde não acrescentou, afinal, qualquer serviço àquilo que já oferecia antes de 5 de janeiro. Apenas conduzirá os consumidores a pagarem muito mais caro pelo mesmo conjunto de serviços de que já dispunham", sublinha.

A DECO PROTESTE critica ainda a decisão da Via Verde em descontinuar a venda de identificadores, obrigando potenciais clientes a vincularem-se a assinaturas que não desejam e que, em muitos casos, acabam por ser mais dispendiosas para os utilizadores de autoestradas. A organização receia até que os atuais proprietários de identificadores acabem por ser encurralados no momento em que os seus dispositivos precisem de nova pilha, não lhes sendo dada outra alternativa que não a subscrição de uma assinatura.

É preciso salientar que a Via Verde opera há décadas como operador único no sistema de cobrança de portagens em Portugal, conta atualmente com cerca de 3 milhões de clientes, para quem esta é a única opção para pagamentos de portagens por débito de forma automática. De acordo com o último relatório integrado da Brisa, que detém a maior parte da Via Verde, os pagamentos com recurso a um dispositivo deste operador representaram 84,2% das transações em autoestradas no ano 2020.

Deixamos aqui as alterações propostas pela Via Verde:

A partir de 5 de janeiro, a Via Verde vai descontinuar os pacotes de assinatura comercializados sob as designações "Via Verde Livre” e "Via Verde Leve”, passando a comercializar novas modalidades de subscrição, com preços bem mais elevados do que as anteriores e, em alguns casos, com menos serviços associados.

Estas são as novas modalidades disponíveis:

- "Via Verde Autoestrada” - fica disponível mediante o pagamento mensal de 99 cêntimos (com redução de 50 cêntimos se aderir ao extrato eletrónico). Esta assinatura dá apenas acesso ao pagamento de portagens.

- "Via Verde Mobilidade” – fica disponível mediante o pagamento mensal de 1,49 euros (com redução de 50 cêntimos se aderir ao extrato eletrónico). Esta assinatura dá acesso ao pagamento de portagens e aos serviços complementares disponibilizados pela Via Verde, como o pagamento de parques de estacionamento ou abastecimentos de combustível, entre outros.
No tarifário ainda em curso, o acesso a estes serviços corresponde a uma mensalidade de 99 cêntimos.

- "Via Verde Mobilidade Leve” – inclui os mesmos serviços que a "Via Verde Mobilidade”, mas a mensalidade de 1,75 euros é paga exclusivamente nos meses em que o serviço é utilizado.
No tarifário ainda em curso, o acesso a estes serviços corresponde a uma mensalidade de 1,20 euros.

Como vai funcionar a transição?

A Via Verde está a contactar todos os clientes de assinaturas e a comunicar-lhes que, a partir de 5 de janeiro, serão conduzidos automaticamente para a nova oferta, com o mesmo leque de serviços disponibilizado anteriormente, mas com um "ajuste" no preço. A transição só não ocorre se o cliente tiver manifestado, por escrito, a sua oposição no prazo de dez dias úteis após ter recebido a comunicação informativa da Via Verde, terminando o contrato que o vincula ao operador. 

Após a transição para a nova oferta, a Via Verde concede um período de transição, até 31 de março de 2022, durante o qual os aumentos de preços não serão cobrados aos clientes. A partir de 1 de abril, as novas assinaturas sofrem, em definitivo, a atualização de preços.

Durante o período de transição, os clientes podem ainda optar por aderir a outro pacote de assinatura de entre os três disponíveis na nova oferta da Via Verde. A alteração pode ser feita numa loja Via Verde ou, através da internet, na área pessoal do utilizador.
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