- Carmen Mateu era neta de Damián Mateu, fundador da Hispano Suiza, e mãe do atual presidente da empresa- Foi presidente da Hispano Suiza entre 1972 e 2000, e grande impulsionadora da música, da cultura e do espetáculo, através do Festival Castell de Peralada, que fundou juntamente com o seu marido, em 1987, e que este ano celebra a sua 35ª edição. O Hispano Suiza Carmen representa a excelência tecnológica, as altas prestações e o...
- Carmen Mateu era neta de Damián Mateu, fundador da Hispano Suiza, e mãe do atual presidente da empresa - Foi presidente da Hispano Suiza entre 1972 e 2000, e grande impulsionadora da música, da cultura e do espetáculo, através do Festival Castell de Peralada, que fundou juntamente com o seu marido, em 1987, e que este ano celebra a sua 35ª edição. O Hispano Suiza Carmen representa a excelência tecnológica, as altas prestações e o luxo elevado à sua máxima potência. É, em definitivo, o veículo mais avançado jamais criado em Espanha. Um modelo de tal calibre tinha de ostentar o nome de uma figura determinante da história da marca: Carmen Mateu. Uma homenagem à persecução dos sonhos, ao infinito amor pela cultura e pela arte, e à promoção do talento e do seu país, dentro e fora das respetivas fronteiras. O renascer da marca Hispano Suiza ostenta o nome "Carmen”, uma escolha que não é fruto de um acaso ou da sorte, bem pelo contrário, é um nome que encarna na perfeição lo que representa a empresa e o seu produto. Carmen Mateu Quintana nasceu a 21 de fevreiro de 1936, em Barcelona, era filha de Miguel Mateu i Pla, que, entre muitas outras tarefas, foi alcaide de Barcelona, presidente da La Caixa e embaixador em Paris. Miguel, por sua vez, era filho de Damián Mateu, empresário de sucesso, que, em 1904, fundou a Hispano Suiza juntamente com Marc Birkigt. Carmen viveu o final da primeira era da Hispano Suiza, uma marca a que dispensava grande carinho e que revolucionou a incipiente indústria automóvel de Espanha, construindo mais de 12 000 automóveis de luxo entre 1904 e 1946. A família possui, também, desde 1923, o Castelo da Peralada (em Peralada, Girona), uma imponente construção do século XIV, antigo centro do condado de Peralada, e hoje sede do Grup Peralada, liderado pela família Suqué Mateu. Rodeado por imensos jardins, com quase 77. 000 metros quadrados, desenhados pelo arquiteto François Duvilliers, e flanqueado por duas torres do século XIV, o seu interior aloja uma majestosa coleção de livros, cerâmicas e obras de arte. Com uma herança deste calibre, não é de estranhar que Carmen fosse contagiada por uma incomensurável paixão pela música, pela cultura e pela arte. Recebeu uma formação especializada em arte e decoração, a tal se dedicou durante toda a sua vida. Em 1957, casou com o empresário Arturo Suqué, e acabou por ser presidente do Grup Peralada, no seio do qual se encontram as empresas controladas pela família, como a própria Hispano Suiza. Impulsionada pelo seu amor pela música e pelo espetáculo, Carmen e seu marido colocaram em marcha, em 1987, o Festival de Peralada, celebrado desde então na envolvência do Castelo de Peralada, e que se tornou numa referência tanto nacional como internacional. As noites de julho e agosto gozam, desde há mais de 30 anos, de um matiz cultural graças a representações de ópera, concertos sinfónicos, de jazz, de música de dança ou de música pop, que levaram o Festival Castell de Peralada a fazer parte, desde 1992, da Associação Europeia de Festivais. De igual modo, é membro, desde finais de 2010, do Opera Europa. Pelo cenário do Castelo de Peralada passaram artistas da dimensão de Montserrat Caballé, Ainhoa Arteta, Plácido Domingo, Josep Carreras, Alfredo Kraus, Paco de Lucía, Joaquín Cortés, Antonio Canales, Sara Baras, Miguel Bosé, Miguel Poveda, Alejandro Sanz ou Joan Manuel Serrat, que, em 2011, ofereceu um emotivo concerto sinfónico para comemorar o 25º aniversário do Festival. Entre as obras representadas encontram-se algumas tão célebres quanto Turandot e La Bohème, de Puccini; la Traviata, de Verdi; ou Don Giovanni, de Mozart. O Festival de Peralada celebra este verão a 35ª edição com um excelente cartaz. Carmen Mateu estabeleceu-se, ao longo da sua vida, como uma impulsionadora das artes musicais, dando, desta forma, seguimento ao legado familiar, e ao amor e à paixão pela música e pela arte que o seu padre lhe havia inculcado a partir Peralada, essa pequena localidade de tão só 1800 habitantes, hoje convertida em referência artística internacional. "O meu pai deixou-nos Peralada como legado. Ele gostava muito da música e da arte, e quisemos transformar este lugar num espaço magnífico para a cultura e para organizar um Festival Internacional de Música e Dança, fora da cidade, para que o público possa vir desfrutar no meio dos jardins de Peralada”, afirmou numa das poucas entrevistas que concedeu durante a sua vida, a propósito do 25º aniversário do seu amado Festival. Quando do seu falecimento, em 2018, a XXXII edição do Festival Castell de Peralada dedicou, em sua honra, uma representação do Réquiem de Verdi, a cargo da Orquestra Sinfónica de Barcelona e Nacional da Catalunha. Ao longo da sua vida, Carmen Mateu recebeu inúmeros reconhecimentos, entre eles a Medalha de Ouro do l Cercle del Liceu, a Cruz de Sant Jordi ou a Medalha de Ouro do Mérito às Belas Artes. O seu legado vive em cada Hispano Suiza A figura de Carmen continua muito presente na nova etapa da Hispano Suiza. Carmen e seu marido encarregaram-se de transmitir aos seus três filhos – Miguel, Isabel e Javier – os valores da família. Tal como Carmen quis tornar a Peralada numa referência musical, com a representação das melhores obras e a atuação dos melhores artistas, hoje, é a Hispano Suiza que eleva o luxo, a performance e a excelência a um nível superior, com o objetivo de voltar a emocionar os grandes amantes do automóvel. Carmen Mateu, assim como o resto da família, manteve o incessante desejo de devolver à vida a Hispano Suiza. Foi presidente da empresa entre 1972 – após a morte do seu pai, Miquel Mateu i Pla – e o ano 2000, quando cedeu a presidência ao seu filho, Miguel Suqué Mateu, que lidera atualmente a empresa. Quase duas décadas mais tarde, nasceu uma nova Hispano Suiza, para revolucionar a indústria automóvel, adaptada às novas tecnologias e com os veículos mais avançados do mundo. "A Hispano Suiza é a única marca que, hoje em dia, continua nas mãos de uma família. Durante quatro gerações, preservámos a marca Hispano Suiza, que está estreitamente ligada à família Suqué Mateu”, declara Miguel Suqué Mateu, presidente da Hispano Suiza, filho de Carmen Mateu e Artur Suqué, e bisneto de Damián Mateu, fundador da marca. "O nome do Carmen é uma homenagem à nossa mãe. Quando discutíamos que nome colocar ao veículo, surgiu a ideia de que fosse Carmen, e na família ficamos encantados. Ela dizia-me sempre que queria voltar a ver um Hispano Suiza nas ruas, e estou certo de que, agora, estará orgulhosa disso mesmo. A assinatura que se encontra na secção traseira do veículo é a sua assinatura original”. Em março de 2019, foi apresentado no Salão do Automóvel de Genebra o novo veículo com que a marca regressou à vida: Carmen, um hiperdesportivo elétrico com 1019 cv de potência, senhor de um design intemporal, e que foi concebido, desenvolvido e fabricado em Barcelona, e do qual apenas serão produzidas 19 unidades. Cinco das mesmas serão na sua versão mais extrema, denominada Carmen Boulogne, que eleva a sua potência até 1114 cv. Trata-se de uma digna homenagem à figura de uma mulher que colocou todo o seu empenho em manter no topo o legado da família, com elegância e honra, e que cumpriu o sonho de partilhar a sua paixão com o resto do mundo. |