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Bosch arruma cockpit dos carros

Como os displays digitais e a assistência por controlo de voz estão a revolucionar a condução.

15 Jan. 2018
Bosch arruma cockpit dos carros
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Durante anos, os ecrãs tácteis, o reconhecimento da escrita manual e o controlo gestual foram gradualmente substituindo os botões mecânicos convencionais e os interruptores no carro em nome da segurança rodoviária. Afinal, controlar o sistema de navegação, o menu do computador de bordo ou o rádio é uma distração. No CES 2018, em Las Vegas, a Bosch apresenta uma tecnologia de cockpit inteligente que permite que os condutores se...
Durante anos, os ecrãs tácteis, o reconhecimento da escrita manual e o controlo gestual foram gradualmente substituindo os botões mecânicos convencionais e os interruptores no carro em nome da segurança rodoviária. Afinal, controlar o sistema de navegação, o menu do computador de bordo ou o rádio é uma distração. No CES 2018, em Las Vegas, a Bosch apresenta uma tecnologia de cockpit inteligente que permite que os condutores se concentrem na condução e mantenham os olhos na estrada. "Estamos a arrumar o cockpit.

Em veículos modernos, quanto mais complexa a tecnologia, mais simples e intuitivos os sistemas de controlo têm de ser.", afirma Dr. Steffen Berns, Presidente da divisão Bosch Car Multimedia. A inteligência artificial ajuda a transformar o interface homem-máquina (HMI) num centro de comandos que consegue pensar mais adiante. "As funcionalidades iniciais como a inteligência artificial fornecem informações valiosas ao HMI sobre o condutor, o veículo e o que acontece em redor. Isso permite o ajuste proativo de displays e controlos a qualquer situação de condução", explica Berns. A Bosch aproveita essas informações para o desenvolvimento da condução autónoma. Aqui também, o HMI é o elemento central que permite uma interação ideal entre pessoas e veículos.

Utilizar o HMI sem se distrair
De acordo com o Allianz Center for Technology, 63 por cento dos condutores na Alemanha utiliza os sistemas de navegação durante a condução; 61 por cento passa de estação de rádio em estação de rádio; e 43 por cento navega nos menus complicados dos seus computadores de bordo. Distrações como estas estão entre as causas mais frequentes de acidentes. "O nosso trabalho é fazer do HMI um companheiro fiável em todas as situações", afirma Berns.

No coração do HMI está um assistente controlado por voz que responde ao discurso natural da pessoa e pode até entender diferentes dialetos. Graças à compreensão da linguagem natural (NLU), os condutores podem conversar com a assistente Casey exatamente como fariam com um passageiro. Outra característica de Casey é a sua capacidade de antecipar. Com base na inteligência artificial, pode aprender a prever destinos prováveis dependendo da hora do dia; ou caso seja solicitado que ligue o rádio, conhece as preferências do condutor, como ouvir as notícias de manhã e música à noite.

Displays digitais tornam a condução mais segura
Cerca de 90 por cento da nossa captação sensorial é feita através da visão. Isso significa que, enquanto condutores, precisamos de ter a informação relevante no momento certo e diretamente no nosso campo de visão. Os displays digitais estão a tomar conta do cockpit e fazem mais do que simplesmente mostrar a velocidade, os rpm(s) e o alcance da condução. Os seus algoritmos inteligentes são capazes de aprender e priorizar conteúdo: se as estradas são escorregadias, os condutores vão imediatamente receber um sinal de alerta no campo de visão, enquanto as informações menos importantes como a estação de rádio atual são alteradas para outro display. Isto ajuda a manter o condutor concentrado na estrada.

No que diz respeito aos aparelhos de entretenimento, ao ar condicionado e ao rádio, os ecrãs tácteis e os controladores centrais têm uma desvantagem decisiva: o condutor tem de inserir os comandos com a máxima precisão. A uma velocidade de 50 km/h, o carro viajará 30 metros enquanto os olhos do condutor não estão atentos à estrada durante dois segundos; a 120 km/h na autoestrada, a distância aumenta para mais de 60 metros - condução cega. "Os displays do carro com resposta háptica permitem uma operação mais fácil de todas as funcionalidades - por exemplo, funções de rádio e telefone -, mais rápidas, mais simples e, o mais importante, mais segura", afirma Berns.

As teclas exibidas nos displays hápticos transmitem a sensação de que o utilizador está a ajustar o volume usando um controle deslizante real. Como resultado, os condutores podem manter os seus olhos na estrada por mais tempo.

Computador central no cockpit controla a HMI
Uma das consequências da avançada tecnologia do cockpit é o aumento da procura de potência de processamento, fiação e arquitetura de redes de bordo. Nos veículos de produção atuais, 5, 10 ou até 15 unidades de controlo eletrónico executam displays e dispositivos eletrónicos. É necessário mais capacidade de processamento para mostrar informações coordenadas em todos os monitores. No futuro, a Bosch irá executar todo o HMI através de um computador de cockpit e irá integrar mais funcionalidades num único processador central. Isso irá possibilitar a convergência e sincronização do sistema de infotainment do painel de instrumentos e de outros monitores para que qualquer informação específica possa ser gerida e exibida em qualquer momento e em qualquer parte do veículo. "Dá aos condutores e passageiros possibilidades praticamente ilimitadas de ajustar o ar condicionado, controlar o sistema de navegação ou mudar estações de rádio, de qualquer lugar do veículo", explica Berns. Além disso, reduzir o número de unidades de controlo também liberta espaço de instalação valioso, reduz o peso do veículo e o tempo necessário para o desenvolvimento de veículos novos. No futuro, as atualizações no ar irão assegurar que o computador do cockpit e, portanto, todo o HMI, seja mantido atualizado com um processo simples, o mesmo que é usado para smartphones.
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