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Deteção antecipada do risco de situações de aquaplanagem

A Continental dá a conhecer novos conceitos de assistência para deteção antecipada do risco de situações de aquaplanagem.


13 Abr. 2018
Deteção antecipada do risco de situações de aquaplanagem
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• A Continental está a desenvolver novos conceitos concebidos para avisar os condutores em caso de risco iminente de aquaplanagem. • Conceitos de assistência em aquaplanagem utilizam imagens da câmara de visão surround e sinais dos sensores dos pneus (eTIS). • Sistema pode dar ao condutor tempo para evitar que a roda dianteira do veículo flutue, avisando os outros veículos para que estejam preparados para uma situação...
• A Continental está a desenvolver novos conceitos concebidos para avisar os condutores em caso de risco iminente de aquaplanagem.
• Conceitos de assistência em aquaplanagem utilizam imagens da câmara de visão surround e sinais dos sensores dos pneus (eTIS).
• Sistema pode dar ao condutor tempo para evitar que a roda dianteira do veículo flutue, avisando os outros veículos para que estejam preparados para uma situação crítica.

O conhecimento das condições das estradas é um fator crucial de segurança, já que os acidentes em condições meteorológicas adversas ocorrem sobretudo devido à perda de aderência entre os pneus e a superfície da estrada. Com o seu Road Condition Observer (Observador de Condições Rodoviárias), a Continental apresentou a solução que permite que as condições da estrada sejam classificadas tendo em vista a fricção pneu/estrada. Uma condição específica designada aquaplanagem (ou lençol de água) é extremamente perigosa tanto para veículos com condução manual como para os automatizados.

A empresa tecnológica Continental começou a desenvolver conceitos baseados em sensores para alertar o condutor caso esteja iminente a perda de aderência. Quando existe o risco de uma fina camada de água na estrada, a pressão da água entre o pneu e a superfície da estrada pode fazer com que as rodas da frente flutuem. Travar e fazer manobras deixa de ser possível e o condutor perde o controlo do veículo. Quanto maior for a profundidade da água e a velocidade, maior é a probabilidade de aquaplanagem. 

Reconhecimento preditivo do risco de aquaplanagem

Os responsáveis de desenvolvimento da Continental estão concentrados em antever e gerir o risco de aquaplanagem. O objetivo é detetar, quanto antes, uma possível situação em que a roda da frente flutue, de forma a despoletar um aviso antecipado ao condutor. Utilizando sinais das câmaras de visão surround e dos sensores eTIs (electronic-Tire Information System) instalados nos pneus, é dado ao condutor um aviso antecipado sobre a aproximação de uma situação de aquaplanagem. A Continental está também a trabalhar no controlo e estabilização dos veículos em situações de aquaplanagem, como vectorização de torque por travagem individual da roda. 

As condições de aquaplanagem podem ocorrer de forma inesperada e sem oportunidade para um aviso de antecipação.

Nestes casos, o potencial risco para outros veículos na estrada pode ser mitigado por uma comunicação antecipada através da tecnologia V2X e do eHorizon, facilitando uma rede de solidariedade em que um veículo atua como um sensor de segurança para todos os outros veículos e não apenas para aqueles que estão diretamente próximos. O eHorizon pode fornecer esta informação aos veículos que potencialmente podem ser afetados, para que estes possam ajustar as suas funções de condução a condições de aquaplanagem. 

"Para um condutor, é difícil avaliar as condições em piso molhado”, disse Bernd Hartmann, diretor de Enhanced ADAS (Advanced Driver Assistance Systems) & Tire Interactions no departamento de Tecnologia Avançada da Divisão Chassis & Segurança. "Quando sentimos o veículo a flutuar já é tarde demais. Os nossos conceitos de assistência à aquaplanagem detetam a fase inicial da aquaplanagem para que o condutor esteja consciente do que está debaixo dos pneus. Isto pode ajudar os condutores de veículos automatizados a adaptarem a sua velocidade às condições da estrada”.

O sistema em desenvolvimento é abrangente – pneus, sensores de pneus, câmaras, algoritmos, atuação do travão e interface homem-máquina. 

Detetar uma perda iminente de controlo através da reutilização de sensores 
Para detetar situações de aquaplanagem, são analisadas imagens das câmaras com visão surround instaladas nos espelhos laterais, a grelha e a traseira. "Quando existe muita água na estrada, as imagens da câmara mostram um padrão específico de salpicos e de jatos de água que pode ser detetado como a fase inicial de um lençol de água”, explicou Hartmann. Por exemplo, o deslocamento excessivo de água em todas as direções debaixo do pneu é uma das características mais comuns. Durante a primeira fase de testes da nova solução, os algoritmos de reconhecimento de humidade conseguiram uma alta taxa de acerto na previsão de condições potenciais de aquaplanagem.

Para além da informação dada pelas imagens, a Continental usa informação dos pneus para detetar o risco de aquaplanagem. Os sinais dados pelos sensores eTIS, instalados no forro no interior do pneu, são avaliados. "Usamos o sinal do acelerómetro do Sistema Eletrónico de Informação sobre Pneus para procurar um determinado padrão de sinais”, disse Andreas Wolf, Diretor da Unidade de Negócio Body & Security da Continental. Um modelo de pneu processa a aceleração radial da parte do pneu que está em contacto com a estrada. Para pisos molhados, – quando a água que é transportada para fora do pneu é suficiente para garantir a aderência adequada – o sinal mostra um padrão distinto.

Assim que uma cunha de água começa a formar-se à frente do pneu e há excesso de água na estrada, o sinal de aceleração começa a oscilar de uma determinada forma, indicando o risco de aquaplanagem. Dado que o sensor eTIS também pode detetar a profundidade restante do piso do pneu, pode ser calculada e comunicada ao condutor uma velocidade segura para circular numa estrada com aquelas condições. 

Os testes mostraram que a futura assistência em aquaplanagem também terá potencial para intervir numa situação real de aquaplanagem, aplicando os travões traseiros de uma forma controlada para estabelecer um grau de "vectorização de torque” que mantenha a capacidade de manobra do veículo dentro de limites físicos. 
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